A região denominada como Gleba Itororó, localizada próxima ao Parque Florestal dos Pioneiros (Bosque II), em Maringá, começou a ser desenvolvida e planejada há dois meses, desde que o projeto que cria a Zona Mista Dois foi aprovado na Câmara Municipal.
Dias depois, a Lei Complementar nº 888/2011 foi sancionada pela Prefeitura e, agora, moradores da nova região maringaense criaram blog (glebaitororo.com) e um perfil na rede social (www.instagram.com/glebaitororo) para divulgar informações do local.
O que se sabe, até o momento, é que o desenvolvimento da Gleba Itororó promete conectar pessoas, comércios e serviços, promovendo maior qualidade de vida aos moradores e integrando a vida urbana.
O planejamento para o crescimento e desenvolvimento sustentável desta região de Maringá é estudado há anos pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (Ipplam) e o Conselho Municipal de Planejamento e Gestão Territorial (CMPGT). E, os novos zoneamentos, em especial a Zona Mista Dois, alinham esse crescimento aos princípios do urbanismo contemporâneo, equilibrando o morar, trabalhar e consumir em um mesmo local.
Pelo projeto da Zona Mista Dois, a requalificação da Gleba Itororó terá que dar à população condições de permanência em amplos e completos espaços públicos, que convidarão os moradores a estarem nas ruas, usufruindo desses serviços e das áreas de lazer. O novo zoneamento urbano permitirá a ocupação do vazio urbano composto por lotes com dimensões intermediárias de 30.000 m² a 50.000 m², localizados na Avenida Comendador Amorim Pedrosa Moleirinho (duplicação da rua Bahia e continuação da Avenida Itororó).
Quanto aos empreendimentos, terão que ser construídos com fachadas ativas – conceito já valorizado nos grandes centros urbanos do mundo, onde ao invés de ter fachadas cegas para as ruas com portarias privadas, se instalam comércios e serviços próximos aos passeios públicos, convidando o pedestre a utilizar e permanecer nesses espaços.
Além disso, o novo zoneamento urbano ainda determina que esses futuros empreendimentos implantem sistemas de energia fotovoltaica; dispositivos de reaproveitamento e de retenção
de água pluvial; entre outros itens ligados a conceitos sustentáveis.
Outro diferencial desta nova região será o fomento à mobilidade a pé, termo conhecido como “Walkability”, que se refere à capacidade do pedestre encontrar dentro de um raio menor de distância, atividades de lazer e comércio. Ou seja, será um estímulo à caminhadas e uso de bicicletas, reduzindo a utilização de veículos locomotores e a poluição sonora e ambiental.
Mas, para que isso aconteça, as áreas residenciais, comerciais e de lazer deverão ser distribuídas entre raios de até um quilômetro ou a uma distância de tempo de 15 minutos. Assim, a Gleba Itororó deverá ter calçamentos que atendam o conforto do pedestre, com acessibilidade e percursos ‘menos tediosos’, como jardins e outros atrativos para quem anda a pé.