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24 de abril de 2024

Por que os boletins da covid-19 em Maringá têm óbitos de outras datas?


Por Monique Manganaro Publicado 16/12/2020 às 13h25 Atualizado 26/02/2023 às 15h51
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Foto: Ilustrativa/Geraldo Bubniak/AEN

Desde que foram registrados os primeiros casos de coronavírus no Brasil, autoridades de saúde de todo o País decidiram emitir boletins epidemiológicos da covid-19 para acompanhar a evolução da doença. Os dados, reunidos por municípios e estados, são repassados ao Ministério da Saúde e indicam o comportamento do vírus em território nacional. 

Em Maringá, desde as primeiras confirmações de pacientes infectados, a Prefeitura Municipal também adotou métodos próprios para divulgar informações sobre número de casos positivos, de pacientes recuperados e as taxas de ocupação hospitalar. Contudo, mesmo após nove meses de pandemia na cidade, os dados divulgados diariamente ainda deixam dúvidas. 

Entre os principais questionamentos feitos por leitores do GMC Online nas redes sociais está a dúvida: por que os boletins da covid-19 indicam óbitos que aconteceram dias – e até semanas – atrás? 

Para esclarecer o processo de contabilização de mortes que ocorrem por complicações causadas pelo coronavírus, a reportagem procurou a Prefeitura de Maringá. De acordo com informações divulgadas pela assessoria de comunicação, a inserção de dados em qualquer boletim depende de protocolos seguidos pela Secretaria de Saúde e, muitas vezes, o cumprimento dessas regras pré-estabelecidas pode atrasar a divulgação de informações. 

Segundo a prefeitura, hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade enviam relatórios diários com número de casos e mortes registradas num período de 24 horas. Somente a partir do recebimento desses dados é que a Secretaria de Saúde consegue emitir um boletim – incluindo, portanto, todos os dados que recebeu dentro do período -, o que explica a aparição de mortes ocorrida dias atrás.

A liberação de testes para comprovação ou não de infecção por coronavírus é um dos fatores que pode atrasar o repasse desses dados. De acordo com a prefeitura, em casos de morte, por exemplo, é preciso que o hospital ou UBS comprove que o paciente estava infectado, o que é feito por meio de exame laboratorial. O trâmite de testagem, conforme a administração, pode atrasar a divulgação da informação e, neste caso, a morte aparecerá em boletins futuros. 

Uma situação semelhante aconteceu no boletim divulgado nesta terça-feira, 15. O documento indicou que Maringá registrou 12 mortes em 24 horas, mas trouxe a informação de um óbito confirmado no fim do mês passado, há mais de 15 dias.

Neste caso, especificamente, a prefeitura esclareceu que o exame não tinha saído até a data da morte do paciente, o que atrasou a comprovação de que o óbito foi em decorrência da covid-19. 

“O teste precisou ser realizado e o protocolo finalizado. A Secretaria de Saúde precisa aguardar todos os protocolos de envio de documentação da unidade de saúde responsável pelo paciente, para depois inserir no boletim”, reforçou a prefeitura, por meio da assessoria de comunicação. 

A diminuição no número de casos da doença confirmados durante o fim de semana também é explicada pelo atraso no repasse de dados pelas unidades de saúde.  

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