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07 de janeiro de 2025

A embaixadores, Macron afirma que acordo Mercosul-UE é assunto que não foi encerrado


Por Agência Estado Publicado 06/01/2025 às 14h53
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O presidente da França, Emmanuel Macron, reforçou nesta segunda-feira, 6, que o acordo comercial UE-Mercosul, não está finalizado, e que o assunto “não foi encerrado”. Em discurso a diplomatas visando os planos para o ano, o líder disse que a França continuará a “defender a coerência dos nossos compromissos” no tema. No país, o acordo vem sendo criticado por seus potenciais impactos para a agricultura e o meio ambiente.

Macron estendeu ainda um ramo de oliveira ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, na segunda-feira, declarando que a França é “um aliado sólido” ao delinear a sua visão para a diplomacia global em 2025. “Donald Trump sabe que tem um aliado sólido na França, um aliado que não subestima, alguém que acredita na Europa e carrega uma ambição lúcida para a relação transatlântica”, disse.

Ainda assim, ele fez críticas contundentes ao magnata da tecnologia Elon Musk, um conhecido aliado de Trump, por promover o que descreveu como um “novo movimento reacionário internacional” através da sua plataforma de mídia social, X. Sem nomear Musk diretamente, Macron referiu ao seu alegado apoio ao partido de extrema-direita AfD da Alemanha e à sua crescente interferência nas eleições europeias.

Ao abordar a guerra na Ucrânia, Macron sublinhou a necessidade de “discussões realistas sobre questões territoriais”, acrescentando que “tais negociações só podem ser conduzidas pelos próprios ucranianos”.

Ele apelou aos Estados Unidos para “ajudarem a mudar a natureza da situação e a convencer a Rússia a sentar-se à mesa de negociações”, sublinhando ao mesmo tempo o papel central da Europa. “Os europeus terão de construir garantias de segurança para a Ucrânia, que serão principalmente da sua responsabilidade”, disse ele.

Em uma crítica contundente à dependência da Europa da tecnologia de defesa dos EUA, Macron instou as nações europeias a reforçarem as suas capacidades industriais. “Se dependermos da base industrial americana para a nossa segurança, enfrentaremos dilemas estratégicos que são ao mesmo tempo cruéis e culposos”, alertou. Fonte: Associated Press.

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