Após detalhar suas análises sobre as duas maiores potências econômicas do mundo – Estados Unidos e China -, o Comitê de Política Monetária (Copom) deu ênfase, ainda no cenário internacional, ao papel das políticas fiscais. De acordo com a ata da reunião da semana passada, que elevou a Selic para 11,25% ao ano, medidas nessa área foram propulsoras da demanda após a pandemia.
O grupo ressaltou, porém, que o espaço de atuação da política fiscal tem se tornado mais limitado com o aumento da dívida pública e das preocupações com a sustentabilidade fiscal.
“As discussões sobre contenção de gastos e sustentabilidade da dívida têm sido recorrentes em diversos países”, enfatizaram os membros do colegiado no documento. Eles ressaltaram também que as políticas monetárias, por outro lado, em um ambiente tão incerto, mantêm-se reativas e dependentes dos dados na maior parte dos países, também trazendo inerente volatilidade aos mercados.
O comitê reforçou ainda que o compromisso dos bancos centrais com o atingimento das metas é um ingrediente fundamental no processo desinflacionário, corroborado pelas recentes indicações de ciclos cautelosos de política monetária em vários países.