Banco italiano BPM rejeita proposta de compra pelo Unicredit de mais de US$ 10 bilhões


Por Agência Estado

O Banco italiano Banco BPM disse que uma oferta de mais de US$ 10 bilhões do UniCredit subvaloriza o negócio, um dia depois de o segundo maior banco da Itália em ativos ter feito uma jogada surpresa sobre seu concorrente de menor porte.

O UniCredit apresentou na segunda-feira uma oferta integral de ações avaliando o Banco BPM em 10,1 bilhões de euros (US$ 10,60 bilhões), como parte dos esforços para fortalecer sua posição em seu país de origem e ganhar mais participação de mercado no norte da Itália, onde o Banco BPM tem suas raízes.

Criado em 2017 a partir da combinação do Banco Popolare e do Banca Popolare di Milano, o Banco BPM tem cerca de 20.000 funcionários e 1.400 agências que seriam incorporadas ao UniCredit enquanto a instituição compete com seu maior rival, o Intesa Sanpaolo.

O UniCredit ofereceu um prêmio de cerca de 0,5% sobre o preço das ações do Banco BPM na sexta-feira e cerca de 15% a mais do que o valor negociado em 6 de novembro, dizendo que espera concluir o negócio até junho e integrar totalmente o banco dentro de um ano.

No entanto, o Banco BPM afirmou, nesta terça-feira, 26, que a oferta não reflete a sua rentabilidade ou potencial de criação de valor para os acionistas do Banco BPM, uma vez que o montante representa agora um desconto de 7,6% sobre o preço das ações de segunda-feira, que fecharam em alta de 5,5% após a notícia da oferta.

O BPM afirmou também que a investida do UniCredit cria incerteza à medida que prossegue com seus próprios negócios.

No início deste mês, o banco lançou uma oferta em dinheiro pela Anima Holding, a maior gestora de ativos independente da Itália, em um lance no valor de 1,98 bilhão de euros.

O Banco BPM também adquiriu do governo italiano uma participação de 5% no Banca Monte dei Paschi di Siena.

A Anima Holding detém uma participação de 4% no Monte dei Paschi, o que significa que a participação do Banco BPM poderá crescer para 9% se adquirir a gestora Anima Holding, que tem ação negociada em Milão. Fonte: Dow Jones Newswires

Sair da versão mobile