Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

31 de outubro de 2024

Castro: A gente quer discutir essencialmente os juros já pagos para abater da dívida com União


Por Agência Estado Publicado 30/10/2024 às 18h32
Ouvir: 00:00

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que o Estado quer discutir “essencialmente os juros já pagos” para abater da dívida com a União, atualmente em R$ 196 bilhões. Ele falou com jornalistas após audiência de conciliação realizada no Supremo Tribunal Federal (STF) junto com a Advocacia-Geral da União (AGU). “O Rio só pagou juros, juros, juros. E a gente considera que já pagou essa dívida”, disse Castro em relação ao valor de cerca de R$ 153 bilhões já desembolsado pelo Estado.

“Ainda assim, eu comecei a minha explanação falando que a gente nem quer entrar na ideia do principal. A gente acha que o principal está lá, e que o Rio de Janeiro tem que pagar”. Segundo o governador, cerca de R$ 80 bilhões da dívida atualizada são referentes a juros. “Desses R$ 153 bilhões que eu já paguei de 1997 para cá, praticamente 100% (são juros). Deve ter pouquíssimo ali de principal”, afirmou.

Ele também ressaltou que paga R$ 5 bilhões por ano à União, o que, segundo o governador, “não é um valor pequeno”. Castro também disse que poderia pedir o cancelamento da dívida, mas “seria um sinal ruim para a sociedade” e que o único Estado que merece perdão total é o Rio Grande do Sul. “Queremos pagar dívida com a União de forma justa e equilibrada”, disse o governador.

A tentativa de conciliação ocorre no âmbito de ação ajuizada pelo governo do Rio de Janeiro para contestar sanções aplicadas pela União por inadimplência no plano de recuperação fiscal. Castro disse que o relator, Dias Toffoli, pediu 30 dias para que as partes tentem chegar a uma solução mediada, e se não chegarem, ele tomará uma decisão.

“Essa questão não é uma questão política, é uma questão federativa. Tanto que eu levei a petição inicial ao presidente Lula e ao ministro Haddad antes de protocolar. Eu levei a eles que não era uma batalha política”, afirmou.

Em maio, Toffoli atendeu ao pedido de Castro e concedeu liminar para suspender o aumento de 30% nos juros da dívida (equivalente a R$ 1,2 bilhão) e garantir ao Estado o pagamento das parcelas no valor devido no ano de 2023, sem qualquer sanção, até a nova decisão do Supremo. No início de outubro, o ministro enviou o processo para tentativa de solução consensual entre as partes.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Bolsas da Ásia fecham majoritariamente em baixa, após BoJ e com eleição dos EUA no radar


Por Sergio Caldas São Paulo, 31/10/2024 – As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira,…


Por Sergio Caldas São Paulo, 31/10/2024 – As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira,…

Economia

Não haverá cortes em abono e seguro-desemprego, diz Luiz Marinho: ‘A não ser que me demitam’


O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira, 30, que nunca foi consultado por outros integrantes do governo sobre…


O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira, 30, que nunca foi consultado por outros integrantes do governo sobre…

Economia

Câmara rejeita tributar grandes fortunas e conclui votação do 2º projeto da reforma tributária


A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira, 30, a votação do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, que vai…


A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira, 30, a votação do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária, que vai…