06 de maio de 2025

Collins, do Fed, avalia que tarifas criam ‘compensações difíceis’ para política de juros


Por Agência Estado Publicado 11/04/2025 às 15h43
Ouvir: 02:05

A alta da inflação decorrente do aumento de tarifas pode desacelerar a economia, criando um “ambiente desafiador” para o Federal Reserve (Fed), que pode esperar sinais mais claros de fraqueza antes de cortar juros, disse a presidente do Fed de Boston, Susan Collins.

“Há um reconhecimento claro de que podemos entrar em um período de compensações difíceis”, afirmou. Sua principal preocupação é evitar que o choque de custos leve o público a crer que a inflação alta veio para ficar. “Esse seria um ambiente preocupante”, justificando adiar cortes de juros.

“É apropriado termos um critério alto para agir preventivamente”, disse Collins, citando riscos de desancoragem das expectativas inflacionárias. Ela espera inflação acima de 3% este ano, já que tarifas estão mais altas e amplas do que o previsto, com empresas repassando custos aos consumidores.

Collins, com direito a voto no Fed, reconheceu que os criadores de política não podem “descartar uma desaceleração mais acentuada”, com preços altos reduzindo demanda e aumentando o desemprego. Apesar de não ser seu cenário-base, ela afirmou que, nesse caso, a queda da demanda poderia aliviar a inflação. “Certamente responderíamos a isso.”

Ela também destacou a recente fraqueza do dólar, incomum em meio a tarifas, que normalmente valorizam a moeda. Isso pode refletir expectativas de crescimento mais fraco. Sobre os impactos da política comercial de Donald Trump nos fluxos de capital, Collins disse que é cedo para avaliar. Investidores têm reduzido exposição aos Treasuries de longo prazo, um movimento atípico.

“É muito cedo para entender como essa demanda está mudando, e se houver queda na procura por Treasuries, para onde esse capital irá”, concluiu.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Prio: Lucro líquido soma US$ 344,7 milhões no 1tri25, aumento de 54% ante o 1tri24


A Prio reportou lucro líquido de US$ 344,74 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 54% ante igual período…


A Prio reportou lucro líquido de US$ 344,74 milhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 54% ante igual período…

Economia

Vibra tem lucro líquido de R$ 601 milhões no 1tri25, queda de 23,8% ante o 1tri24


A Vibra reportou lucro líquido de R$ 601 milhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado representa queda de 23,8%…


A Vibra reportou lucro líquido de R$ 601 milhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado representa queda de 23,8%…

Economia

Caixa Seguridade tem lucro líquido de R$ 1,009 bi no 1tri25, alta de 9,2% em um ano


A Caixa Seguridade registrou lucro líquido gerencial de R$ 1,009 bilhão no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 9,2%…


A Caixa Seguridade registrou lucro líquido gerencial de R$ 1,009 bilhão no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 9,2%…