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13 de dezembro de 2025

Com Petrobras, Ibovespa limita perda a 0,13% e sustenta linha dos 139 mil


Por Agência Estado Publicado 08/07/2025 às 18h38
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Após a correção desta segunda, 7, que sucedeu duas sessões de máximas históricas, o Ibovespa manteve leve viés negativo nesta terça-feira, 8, dia em que conseguiu defender, no fechamento, a linha dos 139 mil pontos, testada durante a sessão. Na mínima, o índice da B3 foi aos 138.770,19 pontos, com as tensões tarifárias ainda no ar, mas conseguiu fechar aos 139.302,85 pontos, em leve baixa de 0,13%. Na semana, cede 1,39%, e ainda sustenta ganho de 0,32% no mês – no ano, avança 15,81%. O giro financeiro segue restrito, hoje a R$ 18,5 bilhões.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu trazer tarifas de 50% sobre o cobre ainda nesta terça-feira e sinalizou possível anúncio de outras tarifas “em breve”, ao responder perguntas de repórteres durante reunião de gabinete no início da tarde. “Vamos anunciar tarifas sobre farmacêuticos, chips e outras coisas logo”, disse. Sobre farmacêuticos, Trump disse que ainda não definiu um nível final para as sobretaxas, mas que poderiam chegar a 200% nos próximos meses ou anos, citando como exemplo as alíquotas sobre aço e alumínio, que subiram de 25% para 50%.

A tarifa de 50% sobre importações de cobre deve entrar em vigor entre o final do mês e 1º de agosto, afirmou o secretário de comércio dos EUA, Howard Lutnick, em entrevista à CNBC. Ele explicou que o governo americano conduziu um extenso estudo sobre as condições de mercado e concluiu que a commodity metálica deve ser alvo de sobretaxa igual à cobrada de alumínio e aço. O objetivo é “trazer a produção de volta” para solo americano, de acordo com o secretário.

Na mesma entrevista, Lutnick recomendou que os mercados financeiros absorvam as tarifas com “calma”. A tendência é que os países enfrentem sobretaxas “um pouco mais baixas” do que as anunciadas em abril, segundo ele.

A reiteração de declarações e decisões protecionistas por Trump e sua equipe nos últimos dias recolocou a guerra comercial no foco de atenção global, o que não poupou os ativos brasileiros, que experimentaram o pior momento, na sessão, quando os comentários do presidente americano chegaram às telas. Ele voltou a ameaçar hoje, também, os países que integram ou se alinham ao bloco Brics – do qual o Brasil faz parte – com tarifas adicionais de 10%. E disse ainda que faltam no máximo dois dias para enviar uma carta à União Europeia – a forma como os aumentos tarifários têm sido comunicados aos parceiros comerciais pela Casa Branca.

“Apesar da guerra tarifária em andamento, foi uma sessão mais neutra para o Ibovespa, com fechamento inclusive na curva de juros doméstica”, observa Rodrigo Alvarenga, sócio da One Investimentos. Os juros curtos tiveram algum alívio com dados de atividade mais fracos, enquanto os vértices intermediários e longos percorreram a segunda etapa do pregão em leve alta.

Alvarenga chama atenção para o fato de Trump ter destacado desta vez que o prazo de 1º de agosto será final, sem nova prorrogação para a busca de entendimentos bilaterais. “Trump é conhecido pelos avanços e recuos, mas está claro que a questão tarifária está aí para ficar”, acrescenta.

Na B3, as ações de grandes bancos tiveram fechamento misto, com variações entre -0,27% (BB ON, na mínima do dia no fechamento) e +0,24% (Bradesco PN +0,24%, na máxima da sessão no encerramento), mas o viés de baixa para o Ibovespa foi moderado pelo bom desempenho de Petrobras (ON +2,52%, PN +1,43%) e também de Vale ON, a ação de maior peso na carteira, em alta limitada a 0,35% no fechamento. Na ponta ganhadora, Minerva (+8,22%), Brava (+3,22%) e Prio (+3,16%), além de Petrobras ON. No lado oposto, WEG (-4,06%), Azzas (-3,92%) e RD Brasil (-3,79%).

“Há um grau maior de volatilidade nos mercados, trazido de volta por Trump, mas tivemos destaques positivos hoje, com Petrobras e Vale. O tom protecionista reacende temores inclusive com relação ao Brasil, que integra o Brics. Aqui, contudo, o dólar cedeu hoje frente ao real, e o Ibovespa limitou perdas, defendido pelas grandes ações de commodities”, diz Gustavo Mendonça, especialista da Valor Investimentos. No fechamento desta terça-feira, o dólar à vista mostrava perda de 0,58%, a R$ 5,4458.

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