Confiança do Comércio sobe 3,7 pontos em novembro ante outubro, aponta FGV


Por Agência Estado

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) aumentou 3,7 pontos na passagem de outubro para novembro, a 92,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador cresceu 1,2 ponto.

“A confiança do comércio avança este mês apresentando variações positivas em ambos os horizontes temporais avaliados pela pesquisa, com destaque para os indicadores sobre o momento presente, que voltaram a subir retomando a tendência de recuperação interrompida no mês anterior. Esse cenário parece aliviar as incertezas dos empresários, que, após seis meses consecutivos com previsões de redução nas vendas futuras, se mostram menos pessimistas em novembro. Essa inversão nas expectativas também está ligada ao aumento da confiança dos consumidores, fortalecida por um mercado de trabalho aquecido e uma melhora nos rendimentos observada em 2024”, avaliou Geórgia Veloso, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Em novembro, houve alta da confiança em cinco dos seis principais segmentos do setor, puxada, sobretudo, pela melhora da avaliação sobre o momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 4,1 pontos em novembro, para 94,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE-COM) cresceu 2,8 pontos, para 90,7 pontos.

Entre os quesitos que compõem o IE-COM, o item que mede as perspectivas de vendas nos próximos três meses subiu 6,0 pontos, para 88,6 pontos, após seis quedas seguidas, enquanto as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses diminuíram 0,4 ponto, para 93,2 pontos.

No ISA-COM, o item que avalia o volume de demanda atual teve elevação de 5,7 pontos, para 95,8 pontos. As avaliações sobre a situação atual dos negócios aumentaram 2,6 pontos, para 94,2 pontos.

Segundo a FGV, a recuperação do ISA-COM no mês foi influenciada, principalmente, pela redução do pessimismo com o volume de demanda atual. A proporção de empresas indicando a demanda insuficiente como um fator que limita a expansão dos negócios manteve trajetória de diminuição em 2024, ficando em 25,3% no trimestre móvel terminado em novembro.

“Essa parcela atingiu 17,0% das empresas nos segmentos de bens essenciais (hiper e supermercados, farmacêuticos e combustíveis), enquanto nos demais bens o porcentual é de 28,2%”, apontou a FGV.

A Sondagem do Comércio de novembro coletou informações de entre os dias 1º e 25 do mês.

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