Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

12 de janeiro de 2025

Demanda de energia com IA e meta climática são tendências de investimento ESG em 2025


Por Agência Estado Publicado 12/01/2025 às 11h31
Ouvir: 00:00

O avanço da agenda ESG faz muitos investidores migrar o foco de produtos específicos para as grandes temáticas ao pensar em investimentos responsáveis sob os critérios ambientais, sociais e de governança. A avaliação é de Marcella Ungaretti, responsável de Research ESG da XP. “Como ficou muito amplo, tem a questão se é algo que todo mundo faz, mas ninguém realmente faz. Então investidores têm ido para causas, como clima ou gênero”, observa Mariana Sang, diretora de Investimentos Sustentáveis e de Impacto do BTG Pactual.

Mesmo que esses temas sejam comumente para alocações de longo prazo, há oportunidades que já devem chamar mais atenção no ano que vem. Segundo a XP, são eles: impulso da transição energética; elevação da demanda de energia pelo avanço da inteligência artificial (IA); governança corporativa como fator ainda mais crítico; compromissos climáticos; e preparativos para o Brasil sediar a COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas prevista para começar no dia 10 de novembro em Belém.

Conforme a temperatura do planeta aumenta, países e empresas têm dado maior atenção à necessidade da transição para fontes de energia limpa, e a China lidera esses investimentos, destaca Ungaretti. “Em uma perspectiva global, quando comparamos o montante de investimentos em energia limpa versus em combustíveis fósseis, o primeiro já supera, refletindo essa dinâmica de adaptação”, diz a analista. Ela cita oportunidades em projetos de eficiência energética, armazenamento e infraestrutura, e vê o Brasil como um “hub de soluções”.

Além disso, Luiza Aguiar, analista de Research ESG da XP, destaca oportunidades em produtos de baixo carbono que são produzidos no Brasil, como alumínio e aço. Ainda, o País tem potencial para atrair investimentos para produção de hidrogênio verde e biocombustíveis. “Transição energética não é apenas ampliar a matriz energética, que no Brasil é majoritariamente limpa, mas todo o arcabouço de produtos e a economia de baixo carbono que o Brasil pode fomentar”, diz Aguiar.

Ainda na seara energética, Ungaretti menciona que a rápida expansão da infraestrutura necessária para IA, especialmente data centers, também levanta questões ESG, pela maior demanda por energia. Atualmente, data centers representam menos de 1% da demanda global, mas isso deve aumentar, segundo a analista. Nos Estados Unidos, a estimativa é que chegue a quase 12% da demanda total em 2030. Os investidores devem acompanhar quais fontes serão utilizadas para suprir esse consumo, e quais os desafios ambientais implicados. “Muitas dessas grandes empresas de tecnologia assumiram compromissos de emissões líquidas zero, e com isso elas precisam cumprir metas de alguma forma. Assim, as fontes de energia limpa se mostram importantes”, acrescenta Aguiar.

Já o tema de governança corporativa não é novo, observa Ungaretti, mas embora o Brasil não tenha uma “grande cultura de ativismo acionário”, ela afirma que há interesse dos investidores institucionais de se engajar com as companhias para fazer agendas avançarem. Um exemplo é a adesão à iniciativa PRI (Principles for Responsible Investment), que fomenta melhores práticas.

E, por outro lado, muitas empresas têm estabelecido compromissos ESG, muitas mirando 2030, aos quais os investidores estarão atentos uma vez que em 2025 chegamos ao meio da década. “Será um ano-chave para ver maior responsabilidade assumida e eventuais revisões das metas”, diz Ungaretti.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Fortunas dos 10 mais ricos do planeta somam quase US$ 2 trilhões, mostra ranking da ‘Forbes’


Quatro empresários com empresas de origem norte-americana são as pessoas mais ricas do mundo neste início de 2025. O sul-africano…


Quatro empresários com empresas de origem norte-americana são as pessoas mais ricas do mundo neste início de 2025. O sul-africano…

Economia

Negociações entre China e Reino Unido representam 600 milhões de libras em 5 anos, diz ministra


A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, disse que as negociações econômicas e financeiras acordadas com a China…


A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, disse que as negociações econômicas e financeiras acordadas com a China…

Economia

Fazer um Pix fica mais fácil e sistema ganha espaço no comércio físico


Quatro anos após começar a operar, o Pix ganhou em 2024 tração como meio de pagamento no comércio. Dados do…


Quatro anos após começar a operar, o Pix ganhou em 2024 tração como meio de pagamento no comércio. Dados do…