Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

13 de dezembro de 2025

Diretor-geral da Aneel alerta para situação ‘extremamente perigosa’ no sistema elétrico


Por Agência Estado Publicado 16/10/2025 às 17h14
Ouvir: 00:00

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, voltou a alertar nesta quinta-feira, 16, sobre os riscos no controle do sistema elétrico feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ele detalhou que a chamada rampa de carga das hidrelétricas pode sair dos atuais 40 gigawatts (GW) e atingir 53 GW em 2028, se nada for feito. Ou seja, aumento de 33%. Isso ocorre em função da penetração da fonte solar.

A rampa é a variação entre a demanda e a geração de energia elétrica. No final da tarde, quando a geração solar fotovoltaica está sendo reduzida, o consumo, em contrapartida, aumenta significativamente, especialmente com acendimento das luzes. Esse momento de rampa (descida e subida) é considerado de muita vulnerabilidade para o sistema.

Com o aumento da penetração das fontes renováveis, há uma diminuição da carga líquida diurna, mas o consequente aumento da rampa de carga das hidrelétricas no final da tarde e início da noite devido à redução na geração fotovoltaica nesses horários.

Se você vai precisar da energia às 18h, a usina precisa ser ligada às 16h. Depois que ligou e atingiu uma rampa mínima, você acrescenta consumo instantaneamente. É como se fosse um chuveiro a gás, que não aquece imediatamente. “Isso é extremamente perigoso. Imagine nesse momento de rampa, se tivermos um incidente, o que é perfeitamente possível de ocorrer, uma danificação de um equipamento importante, uma descoordenação de proteção. Simplesmente ‘vai a pique’ o sistema”, declarou.

Os 40 GW, citados pelo diretor-geral, é o equivalente ao pico de demanda da Espanha. Já 53 GW equivale ao consumo na Espanha e duas vezes a extensão de Portugal. Ou seja, toda a península Ibérica.

O Brasil vive uma situação delicada. A geração está maior que a demanda durante o dia. Isso ocorre sobretudo por causa da escalada da geração distribuída, aquela produzida pelos consumidores com painéis solares instalados no telhado das residências e estabelecimentos comerciais.

O sistema elétrico nacional é interligado e coordenado pelo ONS, responsável por decidir quais usinas devem gerar energia e quais precisam reduzir a produção, de acordo com a oferta e a demanda. O desafio é que o ONS vem perdendo parte desse controle devido ao avanço da geração distribuída, que injeta energia diretamente na rede de distribuição.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

BCE/Cipollone: Banco prevê lançamento do euro digital em 2029 e piloto para 2027


O membro da diretoria executiva do Banco Central Europeu (BCE), Piero Cipollone, detalhou neste sábado o cronograma para a implementação…


O membro da diretoria executiva do Banco Central Europeu (BCE), Piero Cipollone, detalhou neste sábado o cronograma para a implementação…

Economia

Neurotech: procura por crédito cresce 12% em outubro/setembro e tem alta interanual de 10,50%


A busca por financiamento no Brasil cresceu em outubro, conforme o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). A demanda…


A busca por financiamento no Brasil cresceu em outubro, conforme o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). A demanda…

Economia

Federação de bares, restaurantes e hotéis de SP calcula perdas de até R$ 100 mil por apagão


O prejuízo para bares, restaurantes e hotéis devido ao blecaute iniciado em São Paulo na terça-feira pode chegar a R$…


O prejuízo para bares, restaurantes e hotéis devido ao blecaute iniciado em São Paulo na terça-feira pode chegar a R$…