Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

09 de outubro de 2024

Dólar sobe pelo 3º pregão consecutivo com atenção a Fed, China e fiscal


Por Agência Estado Publicado 09/10/2024 às 17h47
Ouvir: 00:00

O dólar se fortaleceu ainda mais globalmente e ante o real no período da tarde desta quarta-feira, 9, valorizando-se pelo terceiro pregão consecutivo. A maior demanda pela divisa americana ocorre porque as incertezas em relação aos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) não se dissiparam após a ata da última reunião de política monetária, enquanto o mercado segue frustrado com a falta de estímulos expressivos por parte da China e também atento a qualquer hipótese que poderia deteriorar o quadro fiscal brasileiro. Nesta quarta, o real teve a 2ª pior performance entre as principais moedas de emergentes e exportadores de matéria-prima, ficando atrás apenas do dólar neozelandês.

O DXY, que mede a moeda americana ante uma cesta de seis rivais fortes subiu 0,36%, a 102,928 pontos. Já contra o real, o dólar teve valorização mais expressiva: avançou 0,98%, a R$ 5,5871 no contrato à vista. Por volta das 17h22, o contrato para novembro subia 0,93%, a R$ 5,6020.

O dólar à vista e para novembro renovou máximas em sintonia com o DXY à tarde, após a ata da última reunião do Fed não ter trazido grande variação nas apostas do mercado para o ciclo de afrouxamento do banco central americano.

“Desde o relatório de emprego dos Estados Unidos de setembro payroll, o mercado passou a duvidar se vai haver um corte de juros do Fed de até 25 pontos-base na próxima reunião, e isso machuca todas as moedas. A ata só reforçou que o Fed vai ficar dependente de dados da economia”, afirma Ricardo Chiumento, superintendente da Mesa de Derivativos do BS2.

O segundo ponto externo é a decepção com a China, que pressionou as commodities. Haverá uma coletiva de imprensa da segunda maior economia do mundo no sábado, e pode ser a oportunidade de o governo anunciar mais medida de apoio fiscal. “Ainda assim, o mercado está desconfiado sobre a real disposição das autoridades chinesas em adotar estímulos maciços”, avalia Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura.

Entre os fatores locais, operadores mencionam preocupações fiscais após notícia da Folha de S.Paulo de que o Ministério da Fazenda está considerando a criação de imposto mínimo para pessoas físicas com renda acima de R$ 1 milhão, como contrapartida para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para R$ 5 mil, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Chiumento afirma que “a contrapartida nesse eventual plano só funcionaria se fosse no mesmo timing, e isso historicamente nunca foi feito e provavelmente nunca será feito”, frisando que aumentar os impostos de parte da população não seria um movimento fácil.

Já Borsoi avalia que o desconforto fiscal decorre também de o governo não tem demonstrado flexibilidade em cortar gastos. “Só se fala em aumento de impostos, de arrecadação, e isso dá caráter frágil ao fiscal”, diz.

Outro ponto que ganhou atenção foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, divulgado no período da manhã.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Taxas disparam com câmbio, Treasuries e fiscal e terminam no pico em 18 meses


Pressionados pelo ambiente externo adverso para ativos emergentes e pela piora da percepção de risco fiscal, os juros futuros subiram…


Pressionados pelo ambiente externo adverso para ativos emergentes e pela piora da percepção de risco fiscal, os juros futuros subiram…

Economia

Brasil tem 13,7% dos celulares no 5G, um dos melhores desempenhos da América Latina


A quantidade de celulares conectados à internet móvel de quinta geração (5G) no Brasil chegou a 13,7% da população no…


A quantidade de celulares conectados à internet móvel de quinta geração (5G) no Brasil chegou a 13,7% da população no…

Economia

TCU conclui que há não irregularidades no acordo do MME e Âmbar sobre contrato de térmicas


O Tribunal de Contas da União (TCU) negou uma representação que apontava possíveis irregularidades em acordo do Ministério de Minas…


O Tribunal de Contas da União (TCU) negou uma representação que apontava possíveis irregularidades em acordo do Ministério de Minas…