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07 de dezembro de 2025

Eleições terão influência sobre como ações vão se comportar


Por Agência Estado Publicado 07/12/2025 às 17h16
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Na semana passada, a XP Investimentos elevou a projeção para o Ibovespa ao final de 2026, de 170 mil para 185 mil pontos, com o início da queda das taxas de juros reais de longo prazo e a expectativa de nova expansão de múltiplos no ano que vem. “Vemos um valuation (estimativa de valor de uma empresa ou ativo) ainda atrativo”, analisa em relatório assinado por Fernando Ferreira, Felipe Veiga, Raphael Figueredo e Lucas Rosa.

Em evento no começo de novembro, quando o Ibovespa já estava em meio a uma sequência de 15 altas e de 12 recordes que o alçaria então a máximas históricas – pulverizadas menos de um mês depois, sem ainda um teto visível -, Rogério Xavier, sócio da SPX, observou que a eleição de 2026 ainda refletirá o formato “cara ou coroa”, que tem caracterizado a polarização política do País pelo menos desde 2018.

Segundo disse na ocasião, eventual vitória presidencial em 2026 de um possível candidato com propostas de ajuste fiscal resultaria em uma “explosão” positiva para os preços dos ativos. “Qual a probabilidade de isso acontecer? A mesma de jogar a moeda”, disse Xavier.

SUCESSÃO

A interferência política no humor do mercado ficou visível no pregão de sexta-feira, quando o Ibovespa tombou 4,31%, aos 157.369 pontos, com a divulgação de que o ex-presidente Jair Bolsonaro havia escolhido o filho Flávio Bolsonaro, senador pelo PL do Rio, como candidato à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva.

A avaliação dos analistas é de que o senador tem menos chances de vencer Lula nas eleições do próximo ano. “A eventual candidatura de Flávio ainda precisa decantar antes de ser tratada como movimento concreto”, escreveu Erich Decat, responsável pela análise política da Warren Investimentos. Para ele, a indicação de Flávio “é um recado direto ao Centrão, que vinha ocupando o vácuo deixado pelo enfraquecimento de Bolsonaro e avançando na construção de uma candidatura própria de centro-direita, com (o governador de São Paulo) Tarcísio de Freitas despontando como principal alternativa.”

FISCAL

A Bolsa brasileira pode valorizar até 100% em dois anos, subindo de cerca de 150 mil pontos para 300 mil pontos, se o Brasil implementar uma mudança na política econômica, especialmente abordando a questão da redução dos gastos públicos, segundo Rogerio Freitas, líder de investimentos do ASA, durante uma entrevista coletiva online em que falou sobre as oportunidades de investimento para o próximo ano.

“Em um cenário positivo, acho que a Bolsa pode subir 100%”, afirma Freitas. Ele sugere que esse movimento pode ocorrer se houver uma mudança na forma como as contas públicas são geridas no Brasil. Freitas diz acreditar que, se a questão dos gastos públicos for abordada, é possível que o Brasil tenha uma taxa de juros real de equilíbrio menor do que a atual. O líder de investimentos do ASA comentou durante sua fala que a visão apresentada aos jornalistas não é mero achismo, mas sim probabilidades estudadas pela casa.

Com relação ao tema fiscal não ser tratado, na visão do ASA, o cenário local não deve piorar muito se o ambiente externo for favorável ao Brasil. (Colaboraram Geovani Bucci e Jean Mendes)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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