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15 de dezembro de 2025

Em leve baixa, Ibovespa testa realização de lucros após renovar recordes


Por Agência Estado Publicado 18/09/2025 às 17h49
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Após ter renovado na quarta-feira recordes tanto no intradia (pela primeira vez na casa de 146 mil pontos) como no fechamento (no patamar de 145 mil), o Ibovespa teve uma quinta-feira, 18, em modo pausado, com leve variação entre a mínima (144.993,21) e a máxima (145.726,41) da sessão, em que saiu de abertura aos 145.593,63 pontos. Ao fim, o índice da B3 marcava leve perda de 0,06%, aos 145.499,49 pontos, interrompendo série de renovação de máximas que se estendeu por três sessões, entre a segunda e a quarta-feira.

Até aqui na semana, o Ibovespa ainda acumula ganho de 2,27% no intervalo, colocando o avanço do mês a 2,88% – no ano, o índice da B3 sobe 20,96%. O giro financeiro desta quinta-feira foi a R$ 22,8 bilhões, na véspera do vencimento de opções sobre ações.

A curva do DI avançou após o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) ao fim da reunião de setembro, na noite da quarta, ter praticamente fechado a porta para o anseio de parte do mercado quanto às chances de um corte da Selic ainda em 2025, tendo o Federal Reserve, conforme esperado, iniciado na quarta-feira o ciclo de afrouxamento da política monetária dos EUA com um ajuste de 25 pontos-base na taxa de referência.

“Mesmo com a apreciação cambial observada nas últimas semanas e com os sinais de enfraquecimento da atividade, a projeção do modelo do BC para o IPCA no horizonte relevante (primeiro trimestre de 2027) permaneceu estável em 3,4%. A comunicação do Copom, portanto, não parece compatível com a possibilidade de corte de juros em dezembro”, diz Luis Cezario, economista-chefe da Asset 1.

“Ao mesmo tempo em que reconhece alguma desaceleração na economia, o comitê vê um mercado de trabalho ainda bastante resiliente e expectativas inflacionárias desancoradas. Além disso, há fatores que adicionam volatilidade ao ambiente, como conflitos geopolíticos e tarifas, especialmente as aplicadas sobre o Brasil”, observa Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos.

Assim, vindo de máximas históricas e ante perspectiva de que a Selic permaneça no alto patamar de 15% ainda por algum tempo, ao menos até o primeiro trimestre de 2026, as principais ações do Ibovespa contaram com poucos gatilhos na sessão, negativa para os preços do petróleo e levemente, também, para o minério de ferro. Na B3, Petrobras fechou o dia em baixa de 0,75% na ON e de 0,98% na PN, enquanto a principal ação do Ibovespa, Vale ON, recuou 0,19%.

Na ponta ganhadora do índice, destaque para Natura (+16,46%), após o anúncio da venda da holding dos negócios da Avon Internacional, a Natura & Co UK Holdings, para a Regent – acelerando o processo de desinvestimento na marca. Logo depois, vieram Motiva (+2,29%) e Hypera (+2,08%). No lado oposto, Usiminas (-5,40%), Azzas (-3,37%) e Vamos (-2,96%). Entre os maiores bancos, o fechamento foi misto, com variações entre -1,06% (Bradesco ON) e +1,05% (Brasil do Brasil ON).

Nesta quinta-feira, ações do setor de varejo e construção, como Cyrela (-0,20%), Magazine Luiza (-0,71%) e MRV (-1,02%), refletiram o comunicado hawkish do Copom – que não trouxe expectativa de queda de juros tão cedo, cenário que tende a prejudicar esses setores, aponta Gabriel Filassi, sócio da AVG Capital.

“No Brasil, veio hoje um ajuste sutil, muito leve, mostrando a resiliência do mercado doméstico. Apesar da alta da moeda americana ante referências do índice DXY, como euro, iene e libra, vista nesta quinta-feira, o dólar deve seguir fragilizado em nível global, favorecendo diversificação para emergentes com o início dos cortes de juros nos Estados Unidos”, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus. Por aqui, a moeda norte-americana operou perto da estabilidade em boa parte da sessão, mas fechou em alta de 0,34%, a R$ 5,3191.

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