Fávaro: Plano Safra 2024/25 requer detalhamento mais profundo e incremento de linhas


Por Agência Estado

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o adiamento do anúncio do Plano Safra 2024/25, inicialmente previsto para amanhã, deve-se à necessidade de maior detalhamento da política de crédito oficial. “Temos compromisso muito rígido do presidente Lula com teto de gastos. O Plano Safra, em função deste compromisso de ter equação equilibrada de orçamento público com subvenção das taxas de juros e seguro rural, está requerendo um detalhamento mais profundo”, disse Fávaro a jornalistas na portaria do Ministério da Agricultura.

O ministro acrescentou que o governo vai incrementar novas linhas de financiamento de apoio à produção no Plano Safra 2024/25 a fim de ampliar os recursos disponíveis. “O BNDES vai ter participação importante nisso. O Banco do Brasil também está fazendo suas contas”, antecipou Fávaro.

Fávaro lembrou que a vigência do plano safra atual se estende até o próximo domingo, 30, e que, por isso, o governo decidiu que não precisa antecipar o anúncio. “Então, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira que vem no máximo, anunciaremos o novo Plano Safra. Com esse período a mais, temos tempo de detalhar os números finais, fazer contas e ampliações necessárias para fazer um anúncio satisfatório”, observou o ministro, sem assegurar a data. Mais cedo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que tanto o Plano Safra da agricultura empresarial quanto o da agricultura familiar serão anunciados na próxima quarta-feira (3).

Como mostrou o Broadcast Agro, o adiamento do lançamento do Plano Safra deve-se ao fechamento do valor dos recursos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer lançar o Plano Safra 2024/25 com R$ 630 bilhões em recursos disponíveis ao financiamento de pequenos, médios e grandes produtores, quase R$ 200 bilhões acima do ofertado no ano passado. Mas, segundo interlocutores que acompanham as tratativas, o montante esbarra no orçamento e a equipe econômica alega que não há disponibilidade de recursos para mais de R$ 600 bilhões.

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