07 de maio de 2025

Fitch corta projeções globais de crescimento e vê impactos amplos da guerra comercial


Por Agência Estado Publicado 16/04/2025 às 13h43
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A Fitch Ratings fez cortes expressivos nas previsões para o crescimento global em 2025, citando a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China como principal fator. A agência alerta que o crescimento mundial deverá ficar “abaixo de 2% este ano”, no nível mais fraco desde 2009, desconsiderando o período da pandemia.

Segundo a Fitch, “o crescimento da China deverá cair abaixo de 4% este ano e no próximo”, enquanto a expansão da zona do euro deve seguir “bem abaixo de 1%”.

Para os EUA, a projeção é de 1,2% em 2025, mas com uma forte desaceleração ao longo do ano, chegando a apenas “0,4% interanual no quarto trimestre”.

O agravamento das tensões comerciais levou a um salto tarifário histórico. As tarifas médias efetivas dos EUA subiram para 23%, “o nível mais alto desde 1909”, afirma a Fitch.

A agência diz ser difícil prever os próximos passos da política comercial americana, mas agora trabalha com a hipótese de que “a tarifa efetiva dos EUA sobre a China permaneça acima de 100% por algum tempo, antes de recuar para 60% no ano que vem”.

A Fitch aponta que o choque tarifário terá efeitos negativos relevantes: “a inflação nos EUA foi revisada para cima, para mais de 4%, implicando em estagnação dos salários reais”. Ao mesmo tempo, “a enorme incerteza de políticas está prejudicando os investimentos empresariais” e a queda nos preços das ações afeta a riqueza das famílias americanas.

Apesar do cenário adverso, a Fitch mantém a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) só comece a cortar juros no quarto trimestre deste ano. Ainda assim, “o enfraquecimento surpreendente do dólar criou mais espaço para que outros bancos centrais afrouxem suas políticas”, afirma, antecipando cortes mais profundos na zona do euro e em mercados emergentes.

A projeção para o preço do petróleo Brent em 2025 também foi revista para baixo, de US$ 70 para US$ 65, o que, segundo a agência, pode ajudar a acelerar o alívio monetário fora dos EUA.

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