Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

30 de abril de 2024

FMI reconhecer estabilidade da dívida em patamar menor é significativo, diz Haddad


Por Agência Estado Publicado 17/04/2024 às 15h09
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a piora nas projeções fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Brasil, divulgadas nesta quarta-feira, 17, está em linha com as alterações no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2025, apresentado nesta semana e que previu metas mais tímidas do governo para os próximos anos.

O FMI estima que o Brasil tenha déficit primário de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de 0,3% em 2025, conforme o relatório Monitor Fiscal, publicado nesta quarta-feira. As projeções são piores que as anteriores, que apontavam déficit primário de 0,2% do PIB em 2024 e superávit de 0,2% no ano seguinte.

Além disso, o Fundo não vê o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregando superávit como foi prometido. Pelos cálculos da instituição, o País atingiria meta de déficit zero apenas em 2026, último ano da gestão petista. A partir de 2027, o Brasil voltaria para o azul, com superávit de 0,4% do PIB.

“O mais importante para nós é que o FMI comece a rever a trajetória da dívida. Isso para nós é muito importante, porque todo esse esforço tem a ver com essa trajetória”, disse Haddad, em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e ao Valor Econômico, durante as reuniões de Primavera do FMI, em Washington DC.

O Fundo espera que a dívida pública bruta do País alcance 86,7% do PIB neste ano, ante 84,7% em 2023. Na projeção anterior, o FMI projetava que o indicador chegasse a 90,3% já neste ano, contra 88,1% em 2023.

“O fato de eles FMI terem melhorado substancialmente as projeções da dívida brasileira no conceito do próprio FMI é muito importante para nós, porque no conceito brasileiro, que é um pouco diferente, também a trajetória da dívida melhora”, avaliou o ministro da Fazenda.

O Fundo calcula o indicador de forma diferente, considerando os títulos do Tesouro detidos pelo Banco Central, que não são levados em conta pelo governo brasileiro.

De acordo com Haddad, a melhora das projeções do FMI para a trajetória da dívida brasileira tem como pano de fundo a revisão para cima das projeções de crescimento do PIB do País.

“Muitas vezes a gente olha corretamente para o fiscal, que é uma variável importante, mas não olha para o PIB potencial e para as expectativas de crescimento da economia brasileira”, concluiu Haddad.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Ouro fecha em queda de 2%, em compasso de espera por Fed


O ouro fechou em queda nesta terça-feira, 30, enquanto investidores alinham expectativas para decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o…


O ouro fechou em queda nesta terça-feira, 30, enquanto investidores alinham expectativas para decisão monetária do Federal Reserve (Fed, o…

Economia

Dívida Pública Federal sobe 0,65% em março, para R$ 6,638 trilhões, diz Tesouro


O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 0,65% em março e fechou o mês em R$ R$ 6,638 trilhões….


O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) subiu 0,65% em março e fechou o mês em R$ R$ 6,638 trilhões….

Economia

Fitch: Ratings de instituições financeiras foram positivos no primeiro trimestre


Houve três vezes mais ações de rating positivas em instituições financeiras globais do que negativas no primeiro trimestre de 2024,…


Houve três vezes mais ações de rating positivas em instituições financeiras globais do que negativas no primeiro trimestre de 2024,…