14 de julho de 2025

Haddad: Estamos dando últimos retoques em crédito imobiliário para a classe média


Por Agência Estado Publicado 24/06/2025 às 21h07
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 24, que o governo federal está dando “os últimos retoques” na oferta de crédito imobiliário para a classe média.

“O que está faltando acontecer é o crédito imobiliário para a classe média, que ainda é pequeno na comparação internacional – na casa de 10% do PIB. Tem país, como o Chile, que é 30%. Temos uma avenida para percorrer e estamos nesse movimento. Tivemos uma longa reunião com o presidente Lula para explorar novos instrumentos de crédito imobiliário com garantia, para que o juro seja baixo e possamos alavancar essa indústria, fundamental para o País”, afirmou Haddad em entrevista exclusiva à TV Record.

“É uma ideia muito interessante e está em desenvolvimento neste momento. Vem sendo gestada há muitos meses, ainda tem a reta final de ajustes, com o Banco Central, o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal. Estamos dando os últimos retoques”, completou.

Como mostrou a Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta terça com Haddad, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, e o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, para discutir alternativas que garantam, de forma mais permanente e com foco no longo prazo, o funding do financiamento imobiliário.

Diante da escassez de recursos da caderneta de poupança, principal fonte de funding do setor, e do avanço no volume de financiamento imobiliário, o governo quer discutir soluções para garantir a sustentabilidade do modelo no longo prazo. A avaliação é que, embora os recursos estejam assegurados para este ano, é necessário pensar em alternativas estruturais para os próximos anos.

O foco dos estudos é aprimorar a linha de crédito imobiliário corrigida pelo IPCA. A modalidade foi lançada em 2019, mas não deslanchou nos anos seguintes porque os picos de inflação aumentaram bruscamente as parcelas dos mutuários e geraram casos de inadimplência. A ideia, agora, é estruturar um mecanismo que permita transferir aumentos no IPCA para o saldo devedor do empréstimo, de forma a evitar uma alta forte das parcelas mensais.

A entrevista de Haddad à Record foi gravada nesta terça e alguns trechos foram publicados no site R7. A íntegra vai ao ar às 22h30, na Record News.

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