A taxa de desemprego atual no País desceu aos menores patamares da série histórica iniciada em 2012, graças a um movimento de aumento da população ocupada disseminado entre as diferentes atividades econômicas, avaliou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Hoje a gente tem processos de expansão que envolvem diversas atividades econômicas. De fato, é um movimento bastante difundido pelas atividades. Essa expansão da ocupação acaba envolvendo diversos segmentos de trabalhadores”, disse.
Segundo a pesquisadora, há uma “melhora sistemática dos indicadores” do mercado de trabalho. A alta no emprego tem relação com a conjuntura econômica favorável, o que é corroborado pelas divulgações recentes dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
“A gente sabe que parte significativa do rendimento é concentrada em consumo. Há crescimento via consumo das próprias atividades econômicas, que demandam mais trabalhadores”, disse Beringuy.
A taxa de desocupação desceu de 6,9% no segundo trimestre para 6,4% no terceiro trimestre, o segundo melhor resultado em toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo IBGE. A única taxa mais baixa foi a do trimestre encerrado em dezembro de 2013, 6,3%.
O País registrou contingente recorde de trabalhadores ocupados tanto no setor privado quanto no setor público no trimestre terminado em setembro.
“A gente tem, paralelamente, observado recorde da população ocupada com carteira (assinada), mas isso não impediu expansão da parcela informal da ocupação. A expansão (do emprego) é promovida pelo conjunto dos trabalhadores, independentemente da sua forma de inserção no mercado de trabalho, seja pela formalidade, seja pela informalidade. A expansão da ocupação não está concentrada numa atividade ou num grupo reduzido de atividades”, afirmou Beringuy.