11 de junho de 2025

Ibovespa tem leve baixa no dia, defende os 139 mil e avança quase 2% na semana


Por Agência Estado Publicado 16/05/2025 às 17h55
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Após ter fechado a quinta-feira, 15, pela primeira vez no patamar de 139 mil pontos, o Ibovespa teve nesta sexta-feira, 16, de leve ajuste, em baixa de 0,11%, aos 139.187,39 pontos, relativamente imune à forte correção em Banco do Brasil (ON -12,69%) posterior ao balanço trimestral, que não levou consigo o setor financeiro, de grande peso no índice e majoritariamente em alta na sessão. Na semana, a referência da B3 subiu 1,96% e, no mês, acumula 3,05% de alta nesta abertura de segunda quinzena. No ano, o Ibovespa avança agora 15,72%.

O giro financeiro nesta sexta-feira de vencimento de opções sobre ações foi a R$ 29,2 bilhões.

Foi o sexto avanço semanal consecutivo para o Ibovespa, igualando em extensão a série vista na passagem de outubro para novembro de 2023.

A mudança das normas contábeis a que os bancos brasileiros devem obedecer criou uma “tempestade perfeita” para o Banco do Brasil, que viu o lucro cair no primeiro trimestre deste ano e colocou as projeções para o ano (guidances) sob revisão, reporta o jornalista Matheus Piovesana, do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. As novas regras, que são mais rigorosas em determinados pontos relacionados à inadimplência, chegaram em um momento em que o agro, uma das principais carteiras do banco, vive uma piora na qualidade de ativos, intensificada por pedidos de recuperação judicial.

Entre as ações das maiores instituições, contudo, apenas a de Santander (Unit -1,05%) fechou o dia no campo negativo, além de BB. Destaque para alta de 0,58% em Itaú PN, o principal papel do segmento, e para ganho de 0,75% em Bradesco ON. O fechamento foi misto para Petrobras (ON -0,12%, PN +0,47%) e de alta marginal para Vale (ON +0,07%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, Marfrig (+21,35%), Petz (+7,18%) e CVC (+5,86%). No lado oposto, vieram, depois de Banco do Brasil, as ações de Yduqs (-3,63%) e Azul (-2,63%).

“O destaque negativo foi mesmo Banco do Brasil após a divulgação de um lucro líquido de R$ 7,374 bilhões no primeiro trimestre, redução de 20,7% em comparação ao mesmo período de 2024, além da suspensão das projeções para o ano”, diz Inácio Alves, analista da Melver. Por outro lado, ele destaca também o forte avanço das ações de Marfrig com o anúncio da fusão com a BRF para formar a MBRF Global Foods Company. “A nova empresa terá presença global em 117 países, com marcas consolidadas como Sadia, Perdigão e Qualy, e a expectativa de sinergias anuais de até R$ 805 milhões, o que trouxe um fôlego para o setor”, acrescenta.

Para Bruna Centeno, economista, sócia e advisor na Blue3 Investimentos, o Ibovespa teve um dia em boa parte condicionado pelo setor financeiro – com agenda macro relativamente esvaziada neste fechamento de semana, apesar de certa retomada de temores em relação a possíveis movimentos do governo com relação ao fiscal, em sessão marcada por alguma cautela no exterior.

Nesse contexto, o mercado financeiro está um pouco mais cauteloso sobre o desempenho das ações no curtíssimo prazo, segundo o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. As expectativas de alta e de queda para o Ibovespa na semana que vem têm, cada uma, fatia de 40% entre os participantes. Os demais 20% esperam estabilidade. Na edição anterior, 50% esperavam avanço; 16,67%, estabilidade; e 33,33%, baixa.

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