13 de junho de 2025

Isaac Sidney, da Febraban, endossa força-tarefa a Haddad e nega ‘contaminações’ nos consignados


Por Agência Estado Publicado 12/05/2025 às 10h31
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O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que não há risco sistêmico ou conivência dos bancos na concessão indevida de empréstimos consignados a aposentados. Ele endossou a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de uma força-tarefa para fechar as brechas no sistema e impedir que aposentados recebam consignados sem solicitar.

“A ideia é fechar fragilidades para que aposentado só receba crédito se solicitou”, declarou Sidney, ao acrescentar que “conversei com o ministro Haddad na última sexta-feira, dando a ele todas as informações, mostrando que, aqui na Febraban, no setor bancário nós não vamos hesitar em tomar as providências”.

Ele também rejeitou a tese de que as instituições financeiras lucrariam com operações fraudulentas, chamando isso de irracional do ponto de vista econômico. “Eu não acredito que nós vamos ter uma contaminação. Nós temos no Brasil o mercado de crédito que é saudável, nós temos toda uma preocupação com a educação financeira dos tomadores. Não estou me referindo apenas ao consignado, mas sobretudo ao consignado do INSS, que pega uma camada de clientes mais vulneráveis.”

Em entrevista à GloboNews, o presidente da Febraban afirmou que os bancos já vêm punindo abusos, inclusive com o banimento de 113 correspondentes bancários. “Nós fizemos 1.500 punições a correspondentes bancários.Não é aceitável que o aposentado venha a ser assediado ou venha a ter um empréstimo que ele não autorizou”, disse.

Ele enfatizou ainda que qualquer caso de crédito não solicitado é inaceitável, e garantiu que tais operações são canceladas com ressarcimento ao aposentado. Segundo ele, mesmo o total de 10 mil reclamações representaria apenas 0,04% do volume de operações do setor.

Reconheceu, no entanto, que há fragilidades na ponta do sistema, especialmente na atuação dos chamados “pastinhas”, responsáveis pela abordagem direta aos aposentados. “Agora é possível se antever que existam algumas fragilidades nessa ponta da interlocução e do contato do pastinha com o aposentado”, afirmou.

Ele disse que a Febraban se reunirá com o presidente do INSS para buscar soluções e fortalecer os mecanismos de controle. “Propusemos força-tarefa e vamos receber na 2ª o presidente do INSS”, concluiu.

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