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17 de dezembro de 2025

Lula relativiza Selic e diz que Haddad e governo precisam falar mais dos juros reais


Por Agência Estado Publicado 30/06/2025 às 14h36
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva relativizou, nesta segunda-feira, 30, a taxa básica de juros (Selic) atual e disse que o governo precisa falar mais sobre o cálculo dos juros reais, descontando a inflação.

A posição do presidente é diferente do que ele costumava dizer quando o Banco Central era comandado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para a presidência da autoridade monetária. Com Galípolo à frente do BC, Lula evita criticar a taxa de juros com a contundência dos anos anteriores.

O presidente participou da cerimônia do Plano Safra 2025/2026 voltado à agricultura familiar. Durante o evento, mencionava os juros voltados aos pequenos agricultores, quando citou o ministro da Fazenda e falou sobre a Selic.

“Uma coisa, Haddad, que você precisa falar mais e nós precisamos falar mais, é sobre a taxa de juros. Todo mundo fala da taxa de juros, fica olhando o aumento da Selic para dizer que o mundo está uma desgraça por causa da Selic. Vi a apresentação do Paulo Teixeira e vi juros de 3%, 2,5%. A taxa mais alta que vi é de 5%. É importante registrar que uma taxa de juros de 5% com inflação de 5% é taxa de juros zero”, disse o presidente da República.

“Se for olhar a agricultura empresarial, as pessoas também se queixam que a taxa de juros está muito cara. Pois bem, se pegar juros a 14% ao ano e descontar 5% de inflação, esse juros vai ser de 9%. Está longe de ser o porcentual da taxa Selic. É importante que a gente aprenda a falar essas coisas para as pessoas se darem conta de que nossos bancos estão fazendo aquilo que historicamente não se fazia nesse País”, declarou Lula.

O presidente ainda elogiou Gabriel Galípolo, que, segundo ele, “é um presidente muito sério”. Lula disse que gostaria que a taxa de juros fosse zero, mas que isso “não depende da nossa política econômica”.

“Nosso objetivo é fazer com que se produza máquinas nesse País que atendam a necessidade do pequeno produtor. O grande já tem, e que bom que ele tenha e que o governo financie, e a taxa de juros mais baratas. Eu gostaria que a taxa de juros fosse zero, mas ainda não depende da nossa política econômica, que não tem muito a ver com a taxa de juros. O Banco Central é independente, o Galípolo é um presidente muito sério e tenho certeza de que as coisas vão ser corrigidas com o passar do tempo. Nós sabemos o que herdamos e não queremos ficar chorando, queremos mostrar o que vai vir pela frente”, afirmou.

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