Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

23 de dezembro de 2024

Mercosul-UE: capítulo de salvaguardas bilaterais tem mecanismo para setor automotivo


Por Agência Estado Publicado 06/12/2024 às 12h26
Ouvir: 00:00

O acordo comercial entre Mercosul e União Europeia anunciado nesta sexta-feira, 6, traz um capítulo para salvaguardas bilaterais, que terá um mecanismo específico para o setor automotivo. De acordo com o governo brasileiro, as regras de salvaguarda vão permitir a proteção de indústrias domésticas de surtos de importação decorrentes da liberalização comercial. A especificidade para o setor automotivo visa “preservar e promover investimentos”.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou em outubro que o Brasil se preocupava com a possibilidade de o acordo prejudicar investimentos já contratados no setor automotivo. No último ano, várias montadoras anunciaram que vão injetar valores bilionários no Brasil, que, somados, ultrapassam R$ 100 bilhões.

Segundo o Executivo, caso venha a haver um aumento de importações europeias que causem dano à indústria, o Brasil pode suspender o cronograma de desgravação de todo o setor ou retomar a alíquota aplicável às demais origens (hoje, de 35%) por um período de três anos, renovável por mais dois anos, sem necessidade de oferecer compensação à União Europeia.

A avaliação levará em conta parâmetros como o nível de emprego, volumes de venda e produção, capacidade instalada e grau de ocupação da capacidade do setor automotivo. “Esta salvaguarda de investimentos automotivos é mais facilmente acionável do que a salvaguarda geral prevista no Acordo”, afirmou.

Ainda segundo o governo, o setor automotivo terá uma eliminação tarifária em período mais longo. O Mercosul negociou condições mais flexíveis para a redução tarifária para veículos eletrificados e para veículos de novas tecnologias, mesmo as ainda não disponíveis comercialmente.

O bloco sulamericano destacou certos veículos do cronograma aplicável a veículos a combustão, anteriormente definido com eliminação de tarifas em 15 anos. Para veículos eletrificados, a desgravação (eliminação tarifária) passará a se dar em 18 anos. Para veículos a hidrogênio o período será de 25 anos, com 6 anos de carência. Para novas tecnologias, 30 anos, com 6 anos de carência. Antes, nenhum cronograma de desgravação era superior a 15 anos.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Dívida externa bruta é estimada em US$ 361,860 bilhões em novembro


O Banco Central (BC) estima que a dívida externa brasileira atingiu US$ 361,860 bilhões em novembro, segundo os números do…


O Banco Central (BC) estima que a dívida externa brasileira atingiu US$ 361,860 bilhões em novembro, segundo os números do…

Economia

Remessa de lucros e dividendos soma US$ 3,395 bilhões em novembro, afirma BC


A rubrica de lucros e dividendos no balanço de pagamentos teve déficit de US$ 3,395 bilhões em novembro, informou o…


A rubrica de lucros e dividendos no balanço de pagamentos teve déficit de US$ 3,395 bilhões em novembro, informou o…

Economia

Dólar no fim de 2025 passa de R$ 5,85 para R$ 5,90, projeta Focus


A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2024 passou de R$ 5,99 para R$…


A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2024 passou de R$ 5,99 para R$…