Moedas Globais: dólar opera sem sinal único, com indicadores e em semana de decisões de BCs
O dólar operou sem sinal único ante os principais rivais, começando uma semana marcada pelas últimas decisões de política monetária de alguns dos principais bancos centrais. Federal Reserve (Fed), Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) farão seus anúncios, e as perspectiva para os próximos passos de cada um destes bancos centrais influenciou nos rumos dos ativos hoje. Além disso, a divulgação do índice de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) para as principais economias também foi refletida na sessão.
Perto do fechamento de Nova York, o dólar avançava a 154,13 ienes, a libra tinha alta a US$ 1,2683 e o euro avançava a US$ 1,0509.
A última rodada de PMIs sugere que a economia dos EUA está crescendo fortemente, enquanto a Europa está estagnada ou a contraindo, aponta a Capital Economics. “A economia dos EUA está, sem dúvida, crescendo mais fortemente do que os seus pares de economias avançadas rumo a 2025, mas os PMI estão provavelmente exagerando a escala do desempenho superior”, pondera. No caso da zona do euro, além dos indicadores, repercutiu ainda o rebaixamento da França pela Moody’s, diante das incertezas orçamentárias.
O Société Générale lembra que a economia do Japão está melhorando a partir de uma base fraca, o que pode ser inconsistente com uma rápida subida do iene, mas é consistente com um iene mais forte a médio e longo prazo, embora lentamente o BoJ aumente sua taxas de juros.
No caso do Fed, a grande expectativa é de que o banco reduza sua taxa de juros em 25 pontos base na reunião da próxima quarta-feira. No dia seguinte, o consenso de analistas é de que o BoE mantenha seu nível atual das taxas.
No final de semana, o parlamento da Coreia do Sul votou pelo impeachment do presidente Yoon Suk Yeol em reação à lei marcial imposta em 3 de dezembro e que havia durado cerca de seis horas. A Assembleia Nacional aprovou a moção por 204 a 85 em uma votação no plenário. O won coreano vem pressionado desde o começo da turbulência política, e seguiu trajetória de queda nesta sessão.