03 de junho de 2025

Moedas globais: dólar recua com sinais de enfraquecimento da economia americana


Por Agência Estado Publicado 29/05/2025 às 17h17
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O dólar perdeu força frente às principais moedas globais nesta quinta-feira, 29ç, pressionado por dados mostrando enfraquecimento da economia dos Estados Unidos. A divisa americana devolveu os ganhos obtidos durante a madrugada, à medida que o entusiasmo gerado pela decisão judicial de ontem contra a política tarifária do presidente Donald Trump perdeu força ao longo do dia. No fim da tarde, uma corte de apelação acolheu recurso do Executivo americano, congelando os efeitos da medida de ontem enquanto a Corte analisa os argumentos das partes.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,60%, a 99,272 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar caía para 144,12 ienes, enquanto o euro avançava para US$ 1,1371 e a libra era negociada em alta, a US$ 1,3498.

Nesta quinta-feira, o Departamento de Comércio mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA teve queda anualizada de 0,2% no primeiro trimestre, uma melhora em relação à primeira estimativa, de queda de 0,3%. Ainda assim, a economia encolheu no período, e a revisão “não justifica uma mudança em nossa projeção para o crescimento este ano nem para a política monetária”, afirmou a Oxford Economics.

Enquanto isso, os pedidos de auxílio-desemprego no país subiram acima da expectativa de analistas. Já o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA foi revisado em baixa.

Para Derek Halpenny, analista do MUFG Bank, o dólar pode se beneficiar de um eventual acordo comercial entre os EUA e a União Europeia. Pouco importa o quão abrangente seja o acordo, diz, contanto que a UE evite a tarifa de 50% ameaçada por Trump.

Qualquer acordo ajudaria a aliviar preocupações sobre “políticas econômicas prejudiciais” de Washington e a possível perda de confiança nos ativos dos EUA, afirma Halpenny. Embora uma recuperação significativa do dólar seja improvável, novos acordos bilaterais reduziriam parte da negatividade associada às incertezas comerciais, acrescenta.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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