Morre Lourival Carmo Monaco, um dos líderes da citricultura no Brasil


Por Agência Estado

Lourival Carmo Monaco, um dos nomes mais importantes da agricultura de frutas cítricas no Brasil, foi sepultado nesta sexta-feira, 29, em Campinas (SP). Monaco tinha 90 anos de idade, era casado e pai de quatro filhos. A causa da morte, ocorrida na véspera, não foi divulgada.

Monaco foi presidente do Fundecitrus, associação mantida por citricultores e indústrias de suco do Estado de São Paulo, por 16 anos, entre 2008 e 2024. Ele era engenheiro agrônomo formado na Esalq/USP, fez doutorado na Universidade da Califórnia em Davis e seguiu a carreira como pesquisador no IAC na área de melhoramento genético de café.

Ocupou cargos importante no Agro e na Ciência, como presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação entre 1991 e 1999. Também foi secretário-adjunto de Agricultura do Estado de São Paulo entre 2001 e 2002 e presidente da Câmara Setorial de Citricultura em Brasília.

Monaco atuou ainda nos conselhos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Sebrae e do Cenal. Foi pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), diretor-geral do Instituto Agronômico, presidente da Academia de Ciências de São Paulo, secretário de Tecnologia Industrial do Ministério da Indústria e do Comércio (MIC) e secretário da Comissão Nacional de Energia (CNE).

Segundo o diretor executivo do Fundecitrus, Juliano Ayres, Monaco “foi diretor revolucionário da instituição, onde quebrou paradigmas, quando teve a sábia decisão de estimular dezenas dos seus pesquisadores a fazer doutorado ou pós no exterior, prova de que sempre esteve à frente do seu tempo” e será lembrado como um ser humano simples e íntegro. “Dr. Monaco deixará muitas saudades e um legado inestimável à citricultura brasileira”, afirmou.

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