Petróleo fecha dia em queda e recua 4% na semana, monitorando tensões globais
O petróleo encerrou a sexta-feira, 12, em queda, em sessão marcada por volatilidade nos mercados internacionais com a deterioração do sentimento em Wall Street. Investidores de energia, particularmente, monitoram preparos dos EUA para ações terrestres na Venezuela, bem como os ataques entre e Rússia e Ucrânia enquanto um acordo de paz segue em negociação.
O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou com queda de 0,27% (US$ 0,16), a US$ 57,44 o barril. Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), caiu 0,26% (US$ 0,16), a US$ 61,12 o barril. Na semana o WTI e Brent cederam 4,39% e 4,12%, respectivamente.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na quinta-feira que o governo norte-americano intensificará os ataques contra narcotraficantes na Venezuela, revelando que ações terrestres no país ocorrerão “muito em breve”, depois de interceptar um petroleiro com capacidade para 2 milhões de barris.
Segundo a Reuters, mais ataques a embarcações venezuelanas por Washington também são eminentes.
Já o assessor presidencial da Rússia, Yuri Ushakov, comentou que um cessar-fogo só será possível apenas com a retirada das tropas ucranianas de Donbas e que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, tem se oposto à realizar a ação. Para a Ritterbusch, houve na semana uma redução significativa no prêmio de risco geopolítico, em um mercado que parece estar descontando um progresso importante nos esforços de paz.
Ainda nas tensões do Leste Europeu, um navio cargueiro na região de Odesa, também na Ucrânia, sofreu danos e estava em chamas após um ataque russo, informou a Reuters. Moscou ameaçou na semana passada “cortar a Ucrânia do mar”. A União Europeia (UE) aprovou nesta sexta uma medida emergencial para impedir que ativos do Banco Central da Rússia imobilizados no bloco retornem ao país.
“Com o fim do ano se aproximando, está se tornando evidente que a maioria dos preços de energia terminará o ano com descontos significativos”, diz o Commerzbank, observando que um barril de petróleo bruto Brent custa hoje aproximadamente US$ 10 a menos do que no início do ano.
*Com informações da Dow Jones Newswires
