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14 de dezembro de 2025

Sem ajuste fiscal, dívida dos EUA pode atingir nível insustentável, alerta estudo


Por Agência Estado Publicado 23/08/2025 às 12h04
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Se o ajuste fiscal dos Estados Unidos for adiado, a dívida pública da maior economia do mundo pode se tornar “insustentável”. O alerta é de um estudo publicado às margens do tradicional simpósio de Jackson Hole, promovido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Kansas City.

Os economistas Adrien Auclert, Hannes Malmberg, Matthew Rognlie e Ludwig Straub calculam que, em 2100, os EUA poderiam sustentar uma relação dívida versus o Produto Interno Bruto (PIB) de 250% com as mesmas taxas de juros de hoje. Isso significa mais do que dobrar a proporção atual, de cerca de 120%.

No entanto, para isso, os EUA precisam fazer um ajuste fiscal da ordem de 10% do PIB ou mais, dizem os autores do estudo, apresentado em Jackson Hole, neste sábado. “Quanto mais esse ajuste for adiado, mais a oferta de dívida governamental supera sua demanda, eventualmente tornando a dívida governamental insustentável”, alertam os autores, no documento.

Os economistas introduziram uma abordagem de oferta e demanda de ativos no intuito de analisar as implicações da mudança demográfica para a sustentabilidade fiscal. O estudo se baseou em dados entre os anos de 1950 até o momento.

“Por um lado, uma população envelhecida aumenta os gastos do governo com saúde e pagamentos de seguridade social. Por outro lado, uma população mais velha demanda mais dívida governamental. Isso implica que há espaço para o governo financiar seus gastos adicionais aumentando sua dívida”, avaliam os autores.

Para o futuro, eles acreditam que o envelhecimento populacional continuará a aumentar a demanda por ativos, mas nos níveis atuais de impostos e benefícios, isso impulsiona ampliações ainda maiores na dívida pública americana devido aos custos crescentes de benefícios sociais. “Tornar a dívida sustentável requer uma consolidação fiscal de pelo menos 10% do PIB, mas a dívida poderia atingir 250% do PIB sem elevar as taxas de juros”, concluem.

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