Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

12 de setembro de 2024

Setor privado recomenda inclusão do pagamento por serviços ambientais em compromisso do G20


Por Agência Estado Publicado 12/09/2024 às 21h57
Ouvir: 00:00

O setor privado recomendou a inclusão do pagamento por serviços ambientais no compromisso a ser firmado pelas 20 maiores economias do mundo no grupo de trabalho de Agricultura do G20 Brasil. As sugestões foram apresentadas pelo B20 Brasil – iniciativa do setor privado que conecta a comunidade empresarial aos governos do G20, coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) – aos ministros de Estado da cúpula nesta quinta-feira durante as reuniões ministeriais do GT de agro do G20.

“Uma das formas de incentivar sistemas mais sustentáveis é reconhecer o valor dos serviços ecossistêmicos e que os serviços de ecossistemas sejam remunerados. Sugerimos que os países trabalhem junto e criam um estrutura que possa reconhecer os serviços ecossistêmicos feitos pelos produtores rurais e usar parte desses serviços de ecossistemas como financiamento da transformação dos pequenos produtores”, disse o líder da força-tarefa de Agricultura e Sistemas Alimentares Sustentáveis do B20 Brasil e CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

A proposta do B20 Brasil é que os países desenvolvidos apoiem os países menos desenvolvidos com disseminação de tecnologias e financiamento internacional. O objetivo principal, segundo o fórum empresarial, é financiar a transição dos sistemas alimentares para modelos mais resilientes e sustentáveis sobretudo para pequenos produtores. “A monetização dos serviços ecossistêmicos é uma estratégia essencial para transformar a agricultura, tornando-a, economicamente viável, além de ambientalmente responsável”, defendeu Tomazoni.

O B20 Brasil estima que serão necessários de US$ 300 bilhões a US$ 350 bilhões por ano, até 2030, para a transformação dos sistemas alimentares. “Apesar da capacidade da agricultura regenerativa de capturar de 9% a 23% das emissões globais dos gases de efeito estufa e da sua relevância econômica, ela está recebendo apenas 4% dos investimentos globais para enfrentar as mudanças climáticas”, afirmou Tomazoni.

Na prática, será necessário aumentar em 15 vezes o investimento ao longo da década para cobrir os custos da transição da agropecuária. “Nosso plano visa acelerar soluções para produzir mais, preservando a nossa biodiversidade, capturando carbono da atmosfera, aumentando a resiliência dos sistemas de produção de alimentos, energia e fibra para futuras gerações”, afirmou Tomazoni às mais de 20 delegações de Agricultura.

Além do investimento econômico, o B20 Brasil sugeriu ao G20 que a adoção de medidas também técnicas operacionais e sociais para a adoção de práticas inovadoras e altamente produtivas pelos produtores rurais. “Isso será possível colocando o produtor no centro desta transformação, com alinhamento governamental, e com aliança com iniciativa privada e outros setores. Os pequenos produtores enfrentam importantes desafios financeiros para adoção de práticas regenerativas pelo custo do capital, pelo tempo de maturação dos investimentos e pelo risco associado, dado que o mercado não pagará prêmio de preço de commodities de forma estrutural”, disse o líder do B20 Brasil aos ministros de Estados.

Para o B20 Brasil, o pagamento por serviços ambientais é uma proposta válida para ser adaptada a todos os países. “O pagamento por serviços ambientais é a resposta para equacionar este triplo desafio e destravar a tomada de crédito. O G20 nesta edição deve acelerar o desenvolvimento do arcabouço regulatório que viabilize a emissão de créditos de alta integridade e interoperáveis para serviços ecossistêmicos, baseados na ciência”, argumentou Tomazoni.

O B20 Brasil recomendou também ao G20 o aumento da produtividade pelo desenvolvimento e pela ampliação de tecnologias sustentáveis, sobretudo com alcance aos pequenos produtores. Outra proposta do setor privado aos ministros de Agricultura foi a promoção do sistema de comércio multilateral da Organização Mundial do Comércio (OMC) para alimentos e agricultura, eliminando barreiras de mercado.

*A jornalista viaja a convite da JBS.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

BC do Peru corta juros em 25 pontos-base pela segunda vez consecutiva, a 5,25%


O Banco Central da Reserva do Peru (BCPR) reduziu a taxa básica de juros em 25 pontos base pela segunda…


O Banco Central da Reserva do Peru (BCPR) reduziu a taxa básica de juros em 25 pontos base pela segunda…

Economia

Adobe supera previsão de lucro no trimestre mas reduz guidance e ação cai 8,8%


A Adobe reportou lucro de US$ 4,65 por ação (sem contar encargos como compensação de ações), sobre uma receita de…


A Adobe reportou lucro de US$ 4,65 por ação (sem contar encargos como compensação de ações), sobre uma receita de…

Economia

Petrobras renomeia Gaslub como Complexo Boaventura e faz inauguração amanhã com Lula


A Petrobras vai renomear o Polo Gaslub como Complexo de Energias Boaventura e vai inaugurar a unidade amanhã, 13, com…


A Petrobras vai renomear o Polo Gaslub como Complexo de Energias Boaventura e vai inaugurar a unidade amanhã, 13, com…