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17 de novembro de 2024

Cauê Felici: Quem era o cantor de 34 anos que morreu em acidente depois de curar um câncer


Por Agência Estado Publicado 17/11/2024 às 13h25
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O cantor Cauê Felici Muniz dos Santos, de 34 anos, morreu em um acidente de carro na Rodovia Washington Luís, em Araraquara, São Paulo, na madrugada de sábado, 16, aos 34 anos. Cauê foi diagnosticado com câncer aos 18 anos, e estava curado.

Segundo informações do g1, um veículo que seguia no sentido interior invadiu a pista contrária e bateu de frente com o carro dirigido por Cauê. Os dois motoristas foram socorridos e levados para a Santa Casa de Araraquara. Cauê não resistiu aos graves ferimentos. O caso está sendo investigado.

Em 2009, aos 18 anos, Cauê recebeu o diagnóstico de linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer ligado ao sistema imunológico.

Nascido em Santo Anastácio, interior de São Paulo, Cauê descobriu a doença quando buscou tratamento médico para o que pensava ser uma tuberculose. Um exame de raio-X foi realizado e mostrou uma mancha grande, identificada como o linfoma, conforme explicou o cantor em relato ao g1 em 2018.

O linfoma de Hodgkin é uma câncer ligado ao sangue, semelhante à leucemia, mas que surge no sistema linfático. Este é responsável por coletar e redirecionar para o sistema circulatório o líquido chamado linfa, contendo os linfócitos ou glóbulos brancos, nossas células de defesa.

O tratamento durou mais de um ano. Na época, Cauê cursava educação física na Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Presidente Prudente, e a família se mudou para São Carlos, para facilitar o processo. Ele enfrentou seis meses de quimioterapia, que reduziu o tumor pela metade, mas as células cancerígenas continuavam ativas.

Então, foi realizado um autotransplante de medula óssea. Nesse tipo de procedimento, chamado de transplante autólogo, células-tronco do próprio paciente são removidas e armazenadas antes da quimioterapia ou radioterapia. Depois do tratamento, essas células são reintroduzidas na pessoa.

Cauê começou a carreira musical cantando na Igreja Católica, em 2008. Em 2013, já curado do câncer, voltou para a música e montou a Banda Aurora. Dois anos depois, foi aceito no curso de educação física na UFSCar.

Além de educador físico, ele cantava em bares e eventos aos fins de semana, e estava investindo na carreira de ator.

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