Cinema made in Maringá: De longa-metragens a documentários, conheça filmes com DNA maringaense


Por Felippe Gabriel

Na última quarta-feira, dia 19 de junho, foi celebrado o Dia do Cinema Brasileiro, que remete à data em que foram produzidas as primeiras imagens com tecnologia de cinematógrafo no Brasil, há 126 anos. Em 19 de junho de 1898, o italiano Afonso Segreto trouxe o equipamento da França e, a bordo do navio Brésil, capturou o cenário da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

Filmes gravados em Maringá estão em alta alta: A produção audiovisual e cinematográfica maringaense tem crescido cada vez mais | Foto: Reprodução/@artistasdatela

Além desta data, o dia 5 de novembro também é celebrado pela arte do cinema, por ter sido o dia em que houve a primeira exibição pública de uma produção cinematográfica no Brasil, no ano de 1896.

A produção audiovisual e cinematográfica em Maringá tem crescido cada vez mais, muito por conta dos incentivos públicos à cultura, como a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet – nº 8313/1991), o Prêmio Aniceto Matti (Lei Municipal de Maringá nº 11200/2020) e a Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022).

Gravação de O Armário Mágico | Foto: Divulgação

Pensando nisso, o GMC Online separou uma lista com algumas produções audiovisuais filmadas em Maringá. Confira!

7 produções audiovisuais filmadas em Maringá

1. Um curto espaço no tempo (2024)

Imagem: Divulgação

“Um curto espaço no tempo” é um curta-metragem de ficção com direção de Thayse Fernandes e produção da Cosmos Filmes. O roteiro é de Katia Ludemann, Fernando Shioti e Eduardo Takahashi, e conta com participação especial do ator global Adriano Garib e do Grupo Wakadaiko. O projeto foi viabilizado pelo Prêmio Aniceto Matti e lançado em 5 de junho, na Acema.

Sinopse: “A história aborda temas sensíveis. Erick Takahashi é um adolescente que acabou de perder o pai. Em luto, ele vai morar na casa de sua avó, Satako, que está com princípio de Alzheimer. Lá, ele descobre que ela é alvo de um empreendimento imobiliário. A construtora faz pressão para comprar a casa para construir mais um arranha-céu. Erick terá que encontrar forças para lidar com o novo momento da vida e, ao mesmo tempo, barrar os abusos dos especuladores. Ambientado na cidade de Maringá, o filme busca provocar reflexões sobre a importância da memória e da família”.

O curta-metragem está em exibição em vários locais de Maringá, com entrada gratuita. Confira as próximas datas:

Assista ao trailer:

Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 23 minutos

TRAILER – UM CURTO ESPAÇO NO TEMPO from Cosmos Filmes on Vimeo.

2. Livre (2024)

Imagem: Divulgação

“Livre” é um curta-metragem de ficção com roteiro e direção de Lucas Nunes, da Delfos Audiovisual, e produção da 2 Coelhos Comunicação e Cultura. O filme é protagonizado por Kênia Bergo e foi gravado na A Toca Espaço Cultural, no carnaval de 2024. Seu lançamento aconteceu em 8 de junho e o projeto foi viabilizado pelo Prêmio Aniceto Matti.

Sinopse: “Malu, uma jovem que acaba de se mudar, planeja uma viagem para reencontrar um amor distante. Durante o processo, ela enfrenta as dificuldades de perseguir seus sonhos perante a falta de dinheiro. As coisas ficam literalmente mais “apertadas”, conforme Malu vai alterando os custos do orçamento, na tentativa de encaixar todas as despesas. Apesar de um cartaz na parede ostentar a frase: “Você é livre para ir e vir, onde quer que você esteja, as suas escolhas nunca deixarão de existir”. Na vida real, não é bem assim que funciona”.

O curta-metragem está em exibição em vários locais de Maringá, com entrada gratuita, e posteriormente será disponibilizado no YouTube, no canal da Delfos Audiovisual. Confira as próximas datas:

Assista ao trailer:

Classificação indicativa: Livre
Duração: 12 minutos

3. Uma história em muitas mãos (2024)

Imagem: Divulgação

“Uma história em muitas mãos” é um docudrama de média-metragem com roteiro de Miguel Fernando e direção de Thayse Fernandes e Daniele Miki. A produção é da Cosmos Filmes e a coprodução da Arena das Artes. O documentário foi lançado em 3 de maio no Cine Sesc.

Sinopse: “O projeto contém entrevistas e cenas com atores reconstituindo fatos do cotidiano dos surdos. O roteiro foi construído pensando em abordar fatos históricos que envolvem a comunidade surda de Maringá e das principais entidades de apoio a essa comunidade, como o Colégio Bilingue para Surdo (Anpacin) e a Associação dos Surdos de Maringá (Asumar). Apresentamos também algumas informações referentes à criação e evolução da língua de sinais no Brasil e à mudança de paradigma na educação da população surda do modelo oralista para o bilíngue”.

O docudrama está disponível no YouTube:

Duração: 1h02

4. A Cápsula (2024)

Imagem: Divulgação

A Cápsula” é um telefilme com roteiro e direção de Ribamar Nascimento. Com a participação dos atores Danielli Pasquini (Maringá), Bernardo Hohmann (Curitiba) e Luiz Carlos Persy (Rio de Janeiro), o filme é uma coprodução entre a Cosmos Filmes, de Maringá, e a produtora Kinopus Audiovisual, de Londrina, e foi viabilizado por meio do Prêmio Aniceto Matti, em parceria com a Ancine (Agência Nacional do Cinema).

Lançado dia 13 de junho no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba (que acontece entre os dias 12 e 20 de junho), somente após essa participação o filme vai estrear em Maringá. Na sequência, a produção entra na grade de programação da TV Cultura nacional.

Sinopese: ‘A Cápsula’ conta a história de Mariana (Danielli Pasquini), uma moça sonhadora, e seu irmão mais novo, Dinho (vivido pelo ator mirim Bernardo Hohmann, de 10 anos), que sobrevivem em um futuro pós-apocalíptico e encontram uma cápsula do tempo que os guia em uma missão para salvar seu povoado. Juntos, eles enfrentam misteriosas memórias do passado. Quando um povoado próximo é atacado pela temida gangue chamada “Breu”, os dois irmãos se unem a um amigo e a um casal de idosos peregrinos em uma viagem até a grande cidade, na arriscada missão de encontrar uma forma de resolver o problema da falta d’água. As memórias contidas na cápsula tornam-se as grandes chaves dessa jornada.

Assista ao trailer clicando aqui. Duração: 1h32.

5. O armário mágico (2024)

Imagem: Divulgação

“O armário mágico” é um longa-metragem de ficção com roteiro e produção de Eliton Oliveira e direção de Érico Alessandro. O elenco conta com Gabi Spaciari, Renato Novaes, André Hendges, Iuri Saraiva, Cris Carniato, André Anelli, Charles Paraventi, Ulisses Larochinski, Sérgio Abreu, Rafael Pereira, Lucca Arusa, Andressa Phamela.

O projeto foi realizado com verba de incentivo à cultura pelo Prêmio Aniceto Matti Audiovisual. A produção é da Script Doctor Productions (hoje Desatino Filmes), Diamante Filmes e Studio UBeat, com distribuição da A2 Filmes e Ruschel Studios.

Filmado em 2022. teve seu lançamento comercial em junho de 2024 e está disponível no Amazon Prime Video e em outras cinco plataformas de streaming: Google Play, Claro TV, Vivo Play, iTunes e Microsoft Play.

Sinopse: “O longa conta a história de dois amigos improváveis: um velho e solitário imigrante polaco, Zygmunt, e um menino judeu chamado Milo. Desde que foi deixado para trás por seus pais, o menino está sob a guarda de Zygmunt, escondido no sótão de uma velha casa em um pequeno vilarejo no sul do Brasil, esperando pacientemente a volta deles. Lá fora, dias sombrios assolam o mundo durante a Segunda Guerra Mundial e os moradores alemães decidem colocar em prática um hediondo plano de expulsar violentamente todos os judeus do local. Mas será que eles serão capazes de descobrir o esconderijo de Milo?”.

Assista ao trailer:

Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 1h46

6. Artistas da tela (2023)

Imagem: Divulgação

Artistas na tela” é um documentário de Thayse Fernandes, com produção da Blaché Filmes. O filme foi idealizado e roteirizado pelo publicitário Mauricio Borges, mas realizado após a sua morte, que aconteceu em agosto de 2022.

O projeto — desenvolvido, produzido e distribuído pela lei de incentivo público Prêmio Aniceto Matti — retrata os cartazistas que pintavam e produziam artesanalmente os painéis de propaganda dos cinemas para divulgação dos filmes em exibição. O filme tem como objetivo documentar historicamente um período muito importante do cinema em Maringá e no Brasil: a influência dos Cinemas de Rua como fio condutor e estímulo para a produção da cultura local.

O documentário está disponível no YouTube:

Classificação indicativa: Livre
Duração: 1h09

7. O nome das coisas (2023)

“O nome das coisas” é um documentário de média-metragem com roteiro e direção de Victor Faria, codireção de Thayse Fernandes e produção de Felipe Halison (IDX Pro) e Rachel Coelho (2 Coelhos Comunicação e Cultura). A produção foi inteiramente rodada no Teatro Barracão e viabilizada pelo Prêmio Aniceto Matti.

O elenco é composto pelas irmãs Mariela e Lua Lamberti. Lua é professora de Artes Cênicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), além de doutoranda em Educação e mulher trans.

Sinopse: As irmãs e atrizes Lua e Mariela Lamberti, uma mulher trans e outra cis, revelam conflitos e reencontros. O público é convidado a imergir nas histórias delas e entender a trajetória de Lua até alcançar o cargo de docente da Universidade Estadual de Maringá. Baseada na peça homônima de Lígia Souza, “O Nome das Coisas” mergulha nas lembranças de infância das atrizes e mostra a construção do relacionamento entre elas. O cenário não poderia ser outro: o teatro. No jogo de cena entre palco e plateia, a narrativa se desenvolve no conflito e redenção de algo corriqueiro no ciclo familiar — a relação entre irmãs.

O documentário está disponível no YouTube:

Classificação indicativa: Livre
Duração: 53 minutos

Além desses, Maringá conta com muitas outras produções audiovisuais, em especial ao projeto do Maringá Histórica, responsável por vários documentários sobre a Cidade Canção nos últimos anos, todos disponíveis no YouTube. Em destaque, “Paixão Esquecida: a história do futebol profissional de Maringá” (dir. Miguel Fernando, 2023).

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Em breve

No dia 27 de julho de 2024, estreia o curta-metragem de terror “Sonância”, com roteiro de Dayhara Martins e direção de Gabi Soares e Nicholas Emmanuel.

Haverá exibição dupla no CAC (Centro de Ação Cultural Márcia Costa), às 20h e às 21h. As outras exibições serão nos dias 28 de julho, também às 20h e às 21h, e no dia 30 de julho, com apresentação única, às 20h. A classificação indicativa é de 12 anos.

Outros projetos também estão em processo de produção e serão lançados nos próximos meses, como o longa “Maria do Ingá” (dir. Thayse Fernandes), o curta “Fabulosas: Operação Aranha” (dir. Lua Lamberti e codir. Thayse Fernandes), o curta “Rastro Neural” (dir. Ribamar Nascimento) e o documentário “Palhaçoterapia – A Palhaçaria Terapêutica”, de Guilherme Bahls.

O diretor Eliton Oliveira está com três projetos de longas-metragem em andamento, aprovados pela Lei Paulo Gustavo e que serão lançados entre 2024 e 2025: “A menina sob o véu”, “Irmãs de sangue” e “Não volte pra casa”.

Aqui podem ser conferidos outros projetos que sairão, por meio da aprovação do edital da Lei Paulo Gustavo do Município de Maringá.

No edital do Prêmio Aniceto Matti existem outros projetos de filmes aprovados em Maringá, mas ainda sem o resultado final.

Lista produzida em colaboração com Rachel Coelho, produtora cultural e assessora de imprensa de projetos audiovisuais.

*Com informações da Lume Rede de Jornalistas

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