O dia 14 de fevereiro é conhecido em muitos países como Valentine’s Day, o dia de São Valentim. A tradição é ligada à história de um bispo que celebrava casamentos mesmo diante da proibição do imperador e, para celebrar o amor, a gente traz a história de um celebrante de casamentos que faz de tudo para surpreender os noivos – a última surpresa foi levar um ônibus para o casamento.
Toda história de amor é única e o maringaense Rodrigo Rosalino Dias sabe muito bem disso. Ele é celebrante de casamentos há 12 anos e ganhou destaque ao celebrar casamentos nada convencionais. Ele faz questão de que cada celebração seja diferente, usando elementos da história do casal.
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Ele já entrou na cerimônia em uma bicicleta roxa, em uma referência a como o casal havia se conhecido, já fez cerimônias temáticas de filmes e séries, fez os noivos cozinharem no casamento e até laçou um casal que gostava de rodeio.
A mais recente surpresa envolveu um ônibus de turismo, e só foi possível porque uma empresa de transportes decidiu participar e ajudar os noivos a refazer a cena do primeiro beijo.
Eduana Moraes era a noiva e conta que passava por um difícil processo de separação quando conheceu o agora marido Natan Moraes. Ela estava morando em Foz do Iguaçu, longe da família, por conta do trabalho do ex, e decidiu passar uns dias na casa da mãe, em Munhoz de Melo, na região de Maringá. Foi a mãe de Eduana quem comprou a passagem, mas só conseguiu o último ônibus da noite, no último assento, perto da porta do banheiro. Quis o destino que Natan, que atuava como palestrante e viria para um evento em Maringá, tivesse a mesma dificuldade na compra e acabasse sentado bem ao lado da futura esposa.
“Minha passagem não era na janela, era no corredor, mas como o lugar não era bom, achei que ninguém sentaria ali ao lado. Então sentei na janela. O Natan então entrou no ônibus, eu achei ele bem bonito, e ele veio na minha direção, olhou pra mim e falou: ‘moça, você está no meu lugar’, e eu estava mesmo, que era na janela. Aí sentei no corredor e depois de 1 hora de viagem a gente começou a conversar, comecei a desabafar com ele. O Natan também me contou a história dele, que já havia sido casado, que casou muito novo, que tinha um filho. Rolou um beijo e ele pegou meu celular. Depois disso ele mandou um monte de mensagem, adicionou o Instagram, mas eu estava em processo de separação, não queria me envolver, estava muito machucada. Então, depois de 4 meses que fui ver ele, conhecer ele direito e nunca mais nos separamos”, relatou a noiva.
Assim, ao planejar o casamento, o casal contou a história ao celebrante e ele percebeu que esse primeiro beijo tinha sido marcante, mas não tinha sido o ideal, pelo menos para a noiva, como conta Rodrigo. “Ela disse que aquele beijo nem valeu, pois estava muito nervosa, ansiosa e levou mais quatro meses pra encontrar o Natan de novo. Ela disse que foi um primeiro beijo que não foi válido. Quando ela falou isso pra mim, pensei em fazer eles reviverem o primeiro beijo de algum jeito e fui atrás da Expresso Maringá, empresa de ônibus responsável pela viagem deles”.
O celebrante conseguiu levar o mesmo ônibus desse primeiro beijo para o casamento, que foi em uma chácara, sem que os noivos desconfiassem de nada. “No final da cerimônia, para a surpresa deles, o ônibus estava lá”.