15 de julho de 2025

Você se lembra destes quadros? Confira suas histórias


Por Luiz Santos, com projeto Maringá Histórica Publicado 05/02/2020 às 16h25 Atualizado 24/02/2023 às 02h53
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Nas décadas de 80 e 90, alguns quadros se tornaram sucesso e passaram a decorar várias paredes de casas brasileiras. Dois exemplos de obras que marcaram essa época são o “Dinossauro na Rodovia” e “O Menino Chorando”.

Confira abaixo as histórias dessas pinturas, recuperadas pelo projeto Maringá Histórica:

Dinossauro na Rodovia

Segundo o Maringá Histórica, a obra “Dinosaurier auf der Autobahn” foi produzida na década de 80 pelo pintor suíço Giuseppe Reichmuth, formado pela Universidade de Artes de Zurique.

Além deste quadro que ficou famoso no Brasil, Reichmuth também é responsável por outra pintura feita a partir de técnicas hiper-realistas, a ” Zürich Eiszeit”.

A obra que mostra o dinossauro atravessando uma rodovia foi encomendada por Albert Ernst, dono de um ateliê em Zurique, para a exposição Green 80.

A ideia inicial de Reichmuth era de um dinossauro andando por montanhas, mas Ernst pediu para que o pintor produzisse algo mais pitoresco e que pudesse ter uma grande repercussão artística.

A pintura foi muito reproduzida e se espalhou pelo Brasil e por todo o mundo. Apesar disso, não há assinatura de Reichmuth no quadro, que o produziu na época por 4 mil francos.

Outro detalhe interessante da história é que uma empresa de São Paulo quis realizar versões brasileiras da obra. As duas releituras do quadro foram feitas pelo pintor Valetim Keppk.

O Menino Chorando

A obra é famosa por gerar medo na população, principalmente em crianças, desde a década de 70. O quadro faz parte de uma série de quase 30 pinturas de crianças chorando, assinadas por Giovanni Bragolin.

O início da série de polêmicas em relação às obras, de acordo com o Maringá Histórica, foram reportagens publicadas pelo jornal britânico The Sun na década de 80.

Os textos traziam relatos de incêndios, no norte da Inglaterra, nos quais as únicas peças que não eram consumidas pelo fogo eram os quadros das crianças chorando.

A repercussão foi tanta que os leitores começaram a enviar suas próprias cópias para o jornal incendiá-las.

Na mesma década, as pinturas começaram a ser vendidas no Brasil. Conforme o Maringá Histórica, durante os anos 90, uma lenda urbana foi criada a respeito dos quadros.

Dizia-se que o pintor que os havia produzido era fracassado e por isso havia feito um pacto. Também foram espalhadas informações de que existiam mensagens subliminares mostrando que na realidade as crianças estavam mortas. Outra lenda é que o menino do quadro mais famoso era o próprio filho do pintor, com medo de fósforos que sua mãe queimaria para assustá-lo.

Além disso, os boatos afirmavam que o menino teria morrido semanas depois da pintura do quadro e seus pais alguns meses depois, em um incêndio.

Na realidade, quem produziu os quadros foi o italiano Bruno Amadio, que morreu em 1981. O pintor utilizava crianças que conhecia pelas ruas de Veneza.

Já a explicação para as obras não queimarem é que elas eram impressas em comprensado de alta densidade.

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