A série documental Harry & Meghan conquistou a maior audiência do ano da Netflix no Reino Unido depois que cresceram as discussões sobre o programa na manhã de quinta-feira, quando estreou a série. A informação é do site especializado Deadline.
O primeiro episódio sobre a vida e a intimidade do príncipe Harry e Meghan Markle registrou 2,4 milhões de visualizações em dispositivos de smart TV durante seu primeiro dia na Netflix.
O segundo episódio teve 1,5 milhão de streams, enquanto o terceiro conseguiu 800 mil, de acordo com dados auditados de forma independente fornecidos pela overnights.tv.
As classificações da Netflix estão sendo capturadas no Reino Unido pela primeira vez depois que o serviço de streaming se inscreveu como membro da Barb, o órgão oficial de classificação da televisão, em outubro.
Harry & Meghan venceu o episódio de abertura da quinta temporada de The Crown, que gerou 1,1 milhão de streams no dia de sua estreia no mês passado.
A segunda leva de episódios de Harry & Meghan será lançada na próxima semana. Os três primeiros episódios dominaram a agenda de notícias no Reino Unido depois que o duque e a duquesa de Sussex falaram sobre seu relacionamento, famílias e ódio à mídia.
O príncipe Harry, filho mais novo do rei Charles III, e sua esposa, Meghan, criticam o “contrato não escrito” entre a família real e uma imprensa britânica que os “explora” no polêmico documentário, que também denuncia o racismo.
“Não tínhamos permissão para contar nossa história porque eles não queriam”, afirma a ex-atriz americana, de 41 anos, em um dos três primeiros episódios da série. Ambos explicam como todas suas declarações e comportamentos, desde a primeira entrevista conjunta em 27 de novembro de 2017, após o anúncio do noivado, foram “um reality show orquestrado” pelo palácio.
Há, “essencialmente, um ramo estendido das relações públicas da família real, um acordo que existe há mais de 30 anos”, afirma Harry, de 38 anos.
O filho da princesa Diana ainda responsabiliza a mídia sensacionalista pela morte de sua mãe enquanto era perseguida por paparazzi, em 1997.
“‘Esta família é nossa para explorar, seus traumas são nossas histórias e controlamos a narrativa'”, pensam os meios de comunicação britânicos sobre o “contrato não escrito”, segundo o príncipe.
Ele destaca uma campanha de propaganda negativa contra eles por resistirem ao assédio, que foi estendido para seus amigos e familiares de Meghan nos EUA.
A série começa com a história de amor entre o príncipe e a atriz, uma fervorosa feminista criada em Hollywood, e avança pelos três primeiros capítulos até a véspera de seu casamento, em maio de 2018.
Os três episódios seguintes, que entram na plataforma no dia 15 de dezembro, provavelmente serão mais nocivos para a família real. Vão detalhar os motivos que levaram o casal ao abandono da monarquia, em 2020, para viver na Califórnia.
Mal recuperada da morte de Elizabeth II em setembro, a realeza se prepara para acusações potencialmente explosivas e em um momento que busca modernizar sua imagem, impulsionada pelos novos monarcas Charles III e Camilla, e seus herdeiros William e Catherine.
O Palácio de Buckingham não emitiu comentários antes da estreia da série. Entretanto, fontes do palácio real, citadas pelo jornal Daily Mail, asseguraram no fim de semana que os monarcas estão “um pouco fartos” dos constantes ataques.