Homem que assediou repórter ao vivo é identificado e indiciado por importunação sexual


Por Agência Estado

O homem que assediou uma repórter, Bianca Chaboudet, ao vivo na TV foi identificado pela polícia, conduzido à delegacia e indiciado por importunação sexual. O caso foi confirmado pelo delegado responsável pelo caso, Rafael Barcia, à Inter TV RJ, afiliada da Rede Globo, nesta terça-feira, 3.

Conforme o delegado, o homem foi ouvido e liberado. Ele responde em liberdade por não ter sido pego em flagrante. A pena por importunação sexual pode chegar a 5 anos de prisão.

“Por isso é tão importante que as mulheres possam ir até a delegacia, denunciar, fazer esse registro de ocorrência para que não aconteça mais esse tipo de crime”, comentou Barcia.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil do Rio de Janeiro pedindo mais detalhes sobre o caso, mas não obteve retorno até o momento da publicação.

O crime envolveu Bianca Chaboudet, jornalista da Inter TV RJ, afiliada da Rede Globo, enquanto ela noticiava uma ação da Defesa Civil contra afogamentos em Maricá, no Rio de Janeiro, para o RJTV.

Bianca fazia a entrada ao vivo quando foi surpreendida por um homem que havia chegado por trás da repórter e tentou beijar o seu rosto. É possível ver que o local ainda estava movimentado, o que não o impediu de praticar o crime.

Mais tarde, a jornalista fez uma publicação no Instagram comentando a situação e contou o homem ainda parou atrás da câmera e falou coisas que Bianca não conseguiu ouvir por ter prosseguido com a notícia. A repórter relatou ter ficado desestabilizada. “Foi uma sensação horrível”, descreveu.

Na segunda, a Inter TV RJ publicou uma nota de repúdio e disse estar prestando o apoio necessário a Bianca. O comunicado, assinado por Rolf Danziger, diretor de jornalismo da afiliada, descreveu o caso como “um ato inaceitável de violência e desrespeito”.

“Esse ato covarde não é apenas um ultraje contra a Bianca, mas uma afronta a todas as mulheres e todos os jornalistas que estão na linha de frente da notícia”, afirma a nota. “Nenhum profissional merece ser vítima de agressão enquanto desempenha seu trabalho com dedicação e comprometimento.”

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