08 de junho de 2025

Jornal americano publica matéria com livros inventados por IA e enfurece leitores; entenda


Por Agência Estado Publicado 21/05/2025 às 17h59
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Book in library with open textbook,education learning concept
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A edição de domingo, 18, do jornal americano Chicago Sun-Times virou alvo de críticas após a publicação de uma lista de leitura com livros inexistentes e matérias com fontes inventadas, todos gerados por inteligência artificial (IA). O conteúdo fazia parte de uma seção especial de 64 páginas intitulada Índice de calor: seu guia para o melhor do verão.

O jornal afirmou em nota que a seção foi feita por um parceiro externo e não teve participação da equipe editorial. A publicação digital da lista foi retirada do ar, e os assinantes da versão impressa não serão cobrados pela edição.

Entre as recomendações de leitura, estavam títulos fictícios atribuídos a autores reais, como Nightshade Market, supostamente de Min Jin Lee, e Boiling Point, creditado a Rebecca Makkai. Ambos os livros não existem. O nome do jornalista freelancer Marco Buscaglia, autor da lista, aparece em outras reportagens do jornal, como uma matéria sobre redes sociais que também cita especialistas fantasmas.

Buscaglia admitiu, em entrevista ao próprio Chicago Sun-Times, que usou IA para compilar os dados e não fez a checagem das informações antes de enviá-las à empresa King Features Syndicate, responsável pela produção do conteúdo. “Estupidamente, e 100% culpa minha, acabei de republicar esta lista que um programa de IA divulgou”, disse.

O caso não se restringe ao Chicago Sun-Times. O também americano Philadelphia Inquirer já chegou a publicar uma seção semelhante com material da mesma empresa e admitiu que parte do conteúdo era “aparentemente fabricado, totalmente falso ou enganoso”.

A King Features, por sua vez, informou que encerrou o contrato com Buscaglia por violação de política editorial. Em comunicado, a empresa disse estar trabalhando com os poucos clientes que adquiriram a edição e lamentou o incidente.

De acordo com o Chicago Sun-Times, a CEO da Chicago Public Media, Melissa Bell, que administra o jornal americano, classificou o episódio como “inaceitável” e afirmou que o conteúdo deveria ter sido claramente rotulado como produzido fora da redação. Ela prometeu transparência na apuração e declarou que a organização está reavaliando o relacionamento com o parceiro de conteúdo.

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