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15 de dezembro de 2025

José Rico, o ícone da música sertaneja, e suas raízes em Terra Rica


Por Redação GMC Online Publicado 29/09/2025 às 14h37
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Muito antes de ser conhecido nacionalmente como o “Garganta de Ouro do Brasil”, o cantor José Rico viveu uma infância humilde em Terra Rica, no Noroeste do Paraná, onde começou a encantar o público ainda menino, cantando em troca de doces nas festas de bairro. Nascido em 1946, no interior de Pernambuco, José Alves dos Santos chegou ao Paraná com apenas dois anos de idade, quando sua família se estabeleceu em Terra Rica. Foi ali que cresceu, trabalhou e descobriu o dom que transformaria sua vida.

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Foto: Reprodução

O pai, barbeiro, sustentou a família por algum tempo, mas logo as dificuldades se impuseram. Ainda criança, José trocou os brinquedos pela enxada, trabalhando na lavoura para ajudar em casa. Também foi pintor, sorveteiro, engraxate e servente de pedreiro. Mas, mesmo nos dias mais duros, nunca deixou de cantar. Participava de quermesses e festas juninas, sempre convidado por moradores da cidade que reconheciam o talento do menino, ainda desconhecido, mas já dono de uma voz poderosa. Seu cachê, na época, era uma paçoquinha ou um sorvete.

O gosto pela música romântica e boêmia veio cedo, com influências de nomes como Altemar Dutra e Nelson Gonçalves. No final da adolescência, passou a frequentar programas de rádio e chegou a se apresentar na Rádio Paranavaí, com ajuda de amigos e incentivadores. Em uma dessas fases da juventude, conheceu um padre da cidade na época que profetizou: “Você ainda será um José rico, disse Padre Eduardo Roque.” A frase virou nome artístico e, mais tarde, parte oficial de seu registro.

José Rico morou em Terra Rica até os 19 anos, e nunca deixou de considerar a cidade como sua verdadeira casa. Mesmo após alcançar o estrelato, fazia questão de voltar regularmente. Não passava mais de seis meses sem visitar o município. Chegava simples, como sempre foi: de bermuda, camiseta, tênis, e pedindo o prato de sempre  arroz, feijão, ovo frito e quiabo.

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Foto: Reprodução

Famoso pelo visual marcante óculos escuros, joias e uma unha pintada e, principalmente, pela interpretação intensa e pela voz inconfundível, José Rico formou com Milionário uma das duplas mais importantes da música sertaneja brasileira. Lançaram mais de 30 álbuns, venderam milhões de cópias, protagonizaram dois filmes (Na Estrada da Vida, de 1983, dirigido por Nelson Pereira dos Santos, e Sonhei com Você, de 1988), e se tornaram lendas vivas do gênero.

O auge do sucesso veio com o disco Estrada da Vida (1977), que vendeu mais de dois milhões de cópias. Ao longo da carreira, também lançou álbuns solo, e ficou afastado da dupla por um período entre 1991 e 1993, mas o reencontro com Milionário selou mais duas décadas de parcerias e shows lotados por todo o país.

Em março de 2015, aos 68 anos, José Rico foi internado em Americana (SP), com problemas cardíacos e renais. Não resistiu e faleceu dias antes de se apresentar na 44ª ExpoParanavaí, deixando o Brasil inteiro de luto. Apesar da fama, nunca perdeu a simplicidade e o carinho por suas raízes. Em Terra Rica, deixou mais do que memórias: deixou uma história viva que segue sendo contada por quem teve o privilégio de conhecê-lo antes da fama.

Para muitos, José Rico foi mais do que um cantor. Foi um símbolo de superação e identidade cultural, e Terra Rica, o ponto de partida de uma das vozes mais potentes e emocionantes da música popular brasileira.

As informações são da Prefeitura de Paranavaí.

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