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17 de dezembro de 2025

Musical ao quadrado


Por Agência Estado Publicado 22/09/2025 às 08h00
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“Um passo à frente.” Essa curta frase pode definir a vida e a carreira profissional de bailarinos que se candidatam a uma vaga em um musical, para o coro, a linha de trás dos grandes protagonistas. Esse é o ponto de partida de A Chorus Line, musical original da Broadway que está em cartaz no Teatro Villa-Lobos em uma nova versão brasileira, assinada por Miguel Falabella.

A Chorus Line é um espetáculo diferente porque aponta o holofote para cada um dos coadjuvantes de um musical: por quais sonhos eles são movidos? O que eles fazem para superar dores físicas e frustrações pessoais para estarem plenos no palco a cada apresentação? Como é não ser o protagonista no palco e, muitas vezes, na vida?

Revolucionário, A Chorus Line foi criado e dirigido originalmente por Michael Bennett, em 1975. A produção bateu recordes de bilheteria e apresentações. Recebeu 13 indicações para o Tony Awards em 1976, premiação americana de teatro, ganhando 9 troféus. Levantou a Broadway, em baixa naquele momento. Em 1985, chegou aos cinemas, com Michel Douglas como protagonista, mas sem o brilho visto nos palcos.

Ao som da canção original I Hope I Get It, na primeira cena, o exigente e esnobe coreógrafo Zach, interpretado agora pelo ator Raul Gazolla, seleciona os candidatos, com auxílio de seu assistente, Larry. “Cabeça mais para o alto!”, grita, em determinado momento, a um participante. “Relaxa essa boca!”, exige, dirigindo-se a outro. Dos 17 avaliados, apenas 8 conseguirão ser aprovados.

MERGULHO. Mais do que descobrir quem pode dançar e cantar de maneira perfeita, Zach vai mergulhar na vida de cada um dos candidatos para domar frustrações e achar o propósito pelo qual cada um briga por um papel de coadjuvante em um musical. A dançarina Sheila Bryant, de infância infeliz, interpretada por Luciana Bollina, a Lubo, é a veterana entre os postulantes às vagas. “Trouxe para ela a minha ousadia de ser ‘diferentona’ e um pouco da fúria de reconhecer as injustiças da profissão. Sempre quis ser a vedete. Isso está na minha voz, no meu jeito. A Sheila tem uma maneira diferente de ser entre os outros candidatos. Ela é sempre tão tensa que precisa parar com a mão na cintura para não tremer”, completa a atriz. Sheila é assim porque precisa trabalhar – e só sabe fazer isso. Cansada, é a única que enfrenta Zach.

“A Sheila veterana sou eu jovem. Eu era muito mais ousada, mas temos de saber quando não é o momento de falar. Sou mais tranquila agora. Mas, uma dose de Sheila sempre é bom”, admite Lubo, praticando o que A Chorus Line propõe. Em seu currículo, a atriz tem produções como o musical Chicago, de 2004.

Com orçamento de R$ 7,6 milhões, captados via leis de incentivo – Wicked, por exemplo, também em cartaz na cidade, tem investimento mais robusto, de R$ 19 milhões -, A Chorus Line tem foco na dança, na música e na história contada. Não há grandes cenários. Nem por isso deixa de encher os olhos com telões, usados para projetar os atores (inclusive em movimentações de bastidores), e luzes que dão a ambiência e o contexto às cenas.

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