Padre que autorizou clipe de Sabrina Carpenter em igreja perde cargo


Por Agência Estado

O padre Jamie J. Gigantiello, conhecido por ter autorizado um clipe da cantora Sabrina Carpenter em uma igreja no Brooklin, bairro de Nova York, nos Estados Unidos, foi dispensado de suas funções. A informação foi confirmada pela emissora NBC News, que teve acesso a um comunicado do bispo Robert J. Brennan, da Diocese Católica Romana do Brooklyn, divulgado na última segunda, 18.

Segundo a emissora, Gigantiello é acusado de fazer transferências não autorizadas de US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 10,9 milhões, conforme a cotação atual) de fundos paroquiais a uma empresa de advocacia de Frank Carone, ex-chefe de gabinete do prefeito de Nova York, Eric Adams. A acusação vem em meio a uma investigação de corrupção de Adams, indiciado em setembro.

Arthur Aidala, advogado de Gigantiello, afirmou à NBC News que as transferências teriam beneficiado a igreja e que despesas pessoais feitas por ele em um cartão de crédito da diocese teriam sido autorizadas por escrito. Segundo Aidala, a igreja teria recebido 12% de juros sobre um pagamento de US$ 1 milhão (R$ 5,7 milhões).

O bispo Robert J. Brennan afirmou que o padre não exerce mais nenhuma função de supervisão pastoral ou governança na igreja. Conforme o comunicado, a investigação “revelou um padrão de graves violações das políticas e protocolos diocesanos por parte de Monsenhor Gigantiello”.

O padre já havia sido afastado de seus cargos administrativos depois que autorizou a gravação do clipe de Feather, música do álbum Emails I Can’t Send, de Sabrina Carpenter. No vídeo, a cantora é a responsável pela “morte” de diversos homens que a assediam. Nas cenas finais, ela aparece dançando na igreja, usando um véu e vestido de tule preto, com vários caixões no altar.

À época, a Diocese do Brooklyn denunciou o vídeo à Catholic News Agency, afirmando estar “chocada com o que foi filmado”. Em resposta ao clipe, o bispo Robert J. Brennan celebrou uma Missa de Reparação para “restaurar a santidade” da igreja.

Depois do lançamento do clipe, Gigantiello publicou um comunicado no Facebook pedindo desculpas aos fiéis e afirmando que não sabia que as gravações teriam conteúdo “provocativo”. “Lamento profundamente o incidente ocorrido e qualquer angústia que as minhas ações possam ter causado”, disse. O vídeo ultrapassa 100 milhões de visualizações.

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