Prisca Agustoni, poeta, tradutora e professora de literaturas italiana e comparada na Universidade Federal de Juiz de Fora, ganhou o Prêmio Oceanos 2023 na categoria poesia com O Gosto Amargo dos Metais (7Letras). Seu livro, que parte do impacto dos desastres ambientais de Mariana e Brumadinho, já tinha vencido, antes, o Prêmio Cidade de Belo Horizonte.
Prisca, que nasceu na Suíça e vive no Brasil há mais de 20 anos, ganhou R$ 150 mil. O escritor cabo-verdiano Joaquim Arena também levou o prêmio de R$ 150 mil, mas na categoria prosa, por Siríaco e Mister Charles (Quetzal), inédito no Brasil. Os vencedores foram revelados na noite de quinta-feira, 7, em cerimônia no Itaú Cultural.
Este foi o primeiro ano em que a premiação foi dividida em prosa e poesia. Antes, o Oceanos, que é organizado pela Associação Oceanos e pelo Itaú Cultural, não fazia distinção de gênero e os livros concorriam entre si.
Não havia nenhum autor brasileiro entre os finalistas em prosa. Foram inscritos 1.466 livros nessa categoria e disputaram o prêmio com Arena as seguintes obras: A História de Roma, de Joana Bértholo (Caminho), A Última Lua de Homem Grande, de Mário Lúcio Sousa (Dom Quixote), Misericórdia, de Lídia Jorge (Dom Quixote), e Naufrágio, de João Tordo (Companhia das Letras Portugal).
Em poesia, concorreram Alma Corsária, de Cláudia Roquette-Pinto (Editora 34), Diário da Encruza, de Ricardo Aleixo (Segundo Selo), Entre Costas Duplicadas Desce um Rio, de Guilherme Gontijo Flores (Ars et Vita), e Paraíso, de Pedro Eiras (Assírio & Alvim).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.