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10 de dezembro de 2025

Aldori Júnior quer melhorar colocação do Sancor Maringá na Superliga: ‘Edição mais equilibrada que já existiu’


Por Felippe Gabriel Publicado 12/10/2025 às 12h40
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O Sancor Maringá entrou em reta final de preparação para a estreia na Superliga Feminina de Vôlei 2025/2026, no próximo dia 20, contra o Fluminense. Neste tempo restante, o recado passado é de buscar melhorar a colocação da última temporada, na edição da Superliga “mais equilibrada que já existiu”.

A declaração é do técnico Aldori Júnior, que falou com exclusividade ao GMC Online sobre os objetivos da equipe maringaense na competição, as mudanças no elenco e sua passagem na Seleção Brasileira.

A grande meta da equipe é superar a colocação da última edição, na qual o Maringá já obteve o melhor resultado da história ao alcançar uma vaga inédita aos playoffs, depois de quatro temporadas na elite do vôlei brasileiro. Em 24/25, o time terminou em oitavo lugar na primeira fase e foi eliminado pelo Praia Clube nas quartas de final.

— Eu acredito muito nesse grupo, acredito muito no elenco que nós temos. A gente conseguiu segurar peças importantes, que é algo difícil dentro do voleibol. Você vê os times desenvolverem atletas, os grandes vão lá e levam pro elenco. Praticamente todas as nossas meninas receberam propostas, escolheram ficar acreditando no nosso trabalho. Então eu acredito que esse elenco pode dar um passo a mais do que foi dado ano passado — afirmou Aldori Júnior ao GMC Online.

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Para Aldori Júnior, será a Superliga mais equilibrada que já existiu | Foto: Esporte Maringá/Sancor Vôlei

Com alternâncias na briga pelas últimas vagas na temporada passada, o Maringá conquistou grandes resultados, como nas vitórias sobre Minas e Sesc Flamengo, ao mesmo tempo que pecava em confrontos diretos. O Maringá foi derrotado no tie-break para Brasília, Barueri e Mackenzie, além de perder para o Brusque fora de casa, quando o time catarinense já estava rebaixado.

Para Aldori, a constância na briga direta é o ponto de evolução necessário para que o time atinja o objetivo da nova temporada.

— Continuar a diminuir um pouquinho os nossos erros, saber finalizar sets, finalizar jogos. Apesar da gente ter vencido grandes adversários, como Flamengo e Minas, a gente esteve muito próximo de vencer alguns jogos, deixando escapar. Mas isso vem com a maturidade, vem com o grupo coeso que a gente tem hoje — avaliou o treinador.

A busca por elevar o nível vem depois de temporadas constantes na Superliga, de um time que ascendeu muito rapidamente e, com pouco orçamento, conseguiu se manter na elite por quatro anos seguidos.

O Maringá Vôlei foi finalista da Superliga B em 2021 – edição em que não houve campeão por conta da pandemia -, garantindo o acesso junto com o Valinhos. Em 21/22 ficou em 10º, subiu para nono nas duas temporadas seguintes e conseguiu a oitava colocação na última edição.

— A forma que a gente trabalhou o primeiro e o segundo ano, se você pegar hoje os times da Série B, tem mais orçamentos do que nós tínhamos naquele tempo. Então, é valorização realmente do trabalho. A gente conseguir a vaga e muito mais, permanecer na Série A, foi uma conquista. Cada um sabe da sua conquista, tem equipes que têm que disputar o título e naquele momento lá atrás, permanecer na Série A e ver os times que caíram com cinco, seis vezes o nosso orçamento serem rebaixados, mostrou que o trabalho foi bem feito.

‘Superliga mais equilibrada que já existiu’

Além do Sancor Maringá, Praia Clube, Minas, Osasco, Sesc Flamengo, Fluminense, Sesi Bauru, Brasília, Tijuca Tênis Clube, Sorocaba, Barueri e Mackenzie serão os participantes. Tijuca e Sorocaba subiram da Superliga B, enquanto Pinheiros e Brusque caíram de divisão. O atual campeão é o Osasco, que havia terminado a primeira fase em terceiro.

Na última temporada, a tabela se dividiu em três principais disputas. O pelotão dos seis primeiros colocados se descolou dos demais já no primeiro turno, na briga pelas melhores colocações, mas todos se mantiveram próximos. Do sétimo ao 11º, a luta foi pelas duas últimas vagas aos playoffs. Esse mesmo grupo também brigava contra o rebaixamento, tentando não se juntar ao Brusque, que não conseguiu competir.

— Eu acredito que será a Superliga mais equilibrada que já existiu. A Superliga passada já foi equilibrada. Antigamente, você não via os times da ponta da tabela fazendo nem bons jogos com os de baixo. Trazendo um pouquinho da nossa história, no nosso primeiro ano em 2021, o Minas, por exemplo, veio jogar aqui e nos venceu por 3×0, sem precisar utilizar as principais jogadoras. Hoje, mesmo as equipes lá de baixo já têm uma resistência muito maior. Então eu vejo que o meio da tabela e a parte de cima está muito próxima e que talvez embole muitos resultados nessa temporada — comentou Aldori.

Nesta temporada, o equilíbrio deve ser ainda maior, fazendo com que os confrontos diretos sejam visados e se mostrem cruciais desde as primeiras rodadas. O adversário do Sancor Maringá na estreia será o Fluminense, no Rio de Janeiro, que se coloca como rival direto de acordo com as novas pretensões maringaenses.

— Um adversário direto, pelos nossos objetivos, um adversário direto. Eu vejo no Fluminense um time que também manteve a base, é um time que vem para brigar do sexto lugar para cima. Mas eu acredito que a gente vai estar nesse bolo esse ano.

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Foto: Esporte Maringá/Sancor Vôlei

Na segunda rodada o Maringá enfrenta o Praia Clube, equipe que foi algoz na Superliga e na Copa Brasil da temporada passada. A estreia em casa será no dia 30 de outubro, contra o Tijuca Tênis Clube, que fará sua primeira participação na elite feminina.

— O Tijuca montou um bom elenco. Independente de ter vindo da Série B, ele não manteve o elenco da Série B. Ele contratou várias jogadoras da Série A. Está fazendo um grande campeonato carioca. Venceu o Fluminense por 3×2 na estreia, depois acabou perdendo. Mas o Tijuca vem para fazer uma boa Superliga. Esse resultado é extremamente importante para nós.

Confira a agenda do 1º turno do Sancor Maringá

  • 20/10 (seg) – 18h30 – Fluminense x Sancor Maringá (Ginásio do Hebraica)
  • 24/10 (sex) – 21h – Praia Clube x Sancor Maringá (Ginásio UTC)
  • 30/10 (qui) – 18h30 – Sancor Maringá x Tijuca Tênis Clube (Ginásio Chico Neto)
  • 07/11 (sex) – 18h30 – Sancor Maringá x Brasília (Ginásio Chico Neto)
  • 13/11 (qui) – 21h30 – Sancor Maringá x Osasco (Ginásio Chico Neto)
  • 18/11 (ter) – 21h30 – Sancor Maringá x Sesc Flamengo (Ginásio Chico Neto)
  • 24/11 (seg) – 18h30 – Minas x Sancor Maringá (ArenaUniBH)
  • 01/12 (seg) – 18h30 – Sancor Maringá x Sesi Bauru (Ginásio Chico Neto)
  • 05/12 (sex) – 18h30 – Sorocaba x Sancor Maringá (Ginásio do SESI)
  • 12/12 (sex) – 18h30 – Sancor Maringá x Mackenzie (Ginásio Chico Neto)
  • 19/12 (sex) – 21h – Sancor Maringá x Barueri (Ginásio Chico Neto)

‘O elenco evoluiu’

O Maringá se movimentou e fez mudanças importantes no plantel. Foram contratadas quatro atletas, além da a levantadora Belly Siqueira e da oposta Bia Souza, que subiram das categorias de base.

A levantadora Bruninha, ex-Fluminense, a central hondurenha Ana Gabriela González, ex-Foz do Iguaçu, a oposta Isadora Lichtenthaler e a ponteira Sassá Vitoriano, ex-Recife Vôlei, são os novos reforços. As duas últimas, aliás, já vestiram a camisa maringaense em temporadas anteriores.

— A Bruna é uma jogadora experiente com passagem pela seleção brasileira. É uma jogadora muito ambiciosa com a vitória, com a sua própria carreira. Ela é aquela jogadora que entra na quadra e quer vencer. Ela soma muito, ela tem muita energia. É uma jogadora que gosta do jogo. Então acredito que ela vai somar muito dentro de quadra — comentou Aldori. 

— A Ana é uma promessa. Ela é uma central hondurenha, tem um alcance muito acima. E é uma aposta nossa para essa e para as próximas temporadas — continuou. 

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Foto: Sancor Maringá

— A Isadora é uma menina muito jovem. Ela é da nossa base. Ela foi para Curitiba e a gente contratou ela de volta. Então é uma jogadora que tem muito a evoluir, está crescendo muito. Que agrega, vai compor muito bem o elenco. 

— E a Sabrina, que já está naquela transição. Já saiu dos juvenis, já está um pouquinho no adulto. Que está na hora de deslanchar — concluiu.

O elenco do ano passado também teve saídas importantes. Vivian Lima reforçou o Sesc Flamengo, Arianne Tolentino se transferiu para o Mackenzie, Pamela Sanabio foi para o recém-promovido Sorocaba e Natália Danielski vai defender o atual campeão Osasco.

— A gente sente falta, né? A Natália nasceu junto com o projeto aqui, todas as quatro temporadas ela esteve. A Vivian é uma grande atleta, uma grande pessoa. A Ariane também. A Pamela que ficou um período um pouquinho mais curto, mas todas grandes jogadoras. E o mercado é assim. As coisas vão rodando, às vezes por necessidade de outros clubes, ou por necessidade do nosso elenco, algumas trocas. E até mesmo por propostas. Mas faz parte e desejo para elas uma boa temporada onde elas estiverem.

— Acredito que a gente conseguiu substituir [à altura]. O elenco evoluiu. As jogadoras amadureceram, as jogadoras cresceram durante a temporada. E vieram jogadoras pontuais que fazem o fortalecimento desse clube — disse o treinador.

Elenco do Sancor Maringá Vôlei:

  • Levantadoras: Mikaella Costa (remanescente), Bruninha Costa (ex-Fluminense), Izabelly Siqueira (base)
  • Ponteiras: Karoline Tormena (remanescente), Gabriela Cândido (remanescente), Lohayne Endres (remanescente), Sabrina “Sassá” Vitoriano (ex-Recife Vôlei)
  • Opostas: Jaqueline Schmitz (remanescente), Isadora Lichtenthaler (ex-Curitiba Vôlei), Beatriz Souza (base)
  • Centrais: Francynne Jacintho (remanescente), Andressa Gelenski (remanescente), Larissa Gongra (remanescente) e Ana Gabriela González (ex-Foz do Iguaçu)
  • Líberos: Anielly Fernandes (remanescente) e Paulina Souza (remanescente)

Veja outras respostas da entrevista com Aldori Júnior

Nova parceria com a Sancor Seguros e projeção de investimentos

O Maringá Vôlei apresentou a seguradora como a nova patrocinadora máster, parceria que rendeu alterações no nome da equipe, no escudo e nos uniformes. A mudança vai de encontro com o aumento do rendimento do time que, cada vez mais, necessita de maiores investimentos e melhorias em estrutura à nível de Superliga.

— O nosso projeto aconteceu muito rápido. A gente conseguiu o acesso da Série C para a Série B, da Série B para a Série A, tudo isso dentro de um ano. A gente alcançou voos mais altos, ainda com um pequeno orçamento. A gente fez as coisas da forma que deu para ser feito. Nós entendemos que tem a forma ideal, como você tem que desenvolver um projeto do tamanho que é uma Superliga, mas para nós isso não foi possível, então a gente fez da forma que deu para ser feito. E aos poucos, com a grandiosidade desse campeonato, a gente foi conseguindo se consolidar no mercado, mostrar a seriedade do nosso trabalho e aí a gente conseguiu com que as marcas realmente apostassem naquilo que é desenvolvido aqui e investissem, agregassem valores e aos poucos o projeto vai se tornando algo maior. A importância dos patrocinadores é que a gente melhore a nossa estrutura, que a gente tenha melhores condições de trabalho, que a gente consiga reforçar o elenco e valorizar quem está aqui.

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Foto: Esporte Maringá/Sancor Vôlei

Trabalho na Seleção Brasileira Sub-26 e principal

Em maio, o treinador foi convocado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) para ser o comandante da Seleção Feminina de Novos Sub-26, além de auxiliar Zé Roberto Guimarães na principal, durante a disputa da Liga das Nações (VNL).

Pela Sub-26, em julho, conquistou o bronze no Universíade 2025, em Berlim. As brasileiras venceram a Alemanha por 3 sets a 1 na disputa do terceiro lugar, depois de caírem diante do Japão na semifinal, no tie-break.

— Foi uma experiência excepcional, o aprendizado, estar lá, entender todo o sistema da CBV, como a seleção brasileira faz a sua periodização, o período de treinamento, agregado com aquilo que eu acredito, com a nossa filosofia de trabalho, a gente evolui. Todo o aprendizado, toda a parte de absorção foi muito boa. Então, fiquei muito feliz de ter sido lembrado, de ter a confiança da CBV, da comissão técnica em mim, e o resultado mostrou que o trabalho valeu a pena. O nível internacional hoje está altíssimo e nós acabamos ali batendo na trave numa semifinal.

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Sob o comando de Aldori, Seleção Sub-26 conquistou a medalha de bronze no Universíade | Foto: CBDU

A seleção de Novos tem o intuito de dar ganho de experiência e desenvolver jovens talentos do voleibol com experiências internacionais representando o Brasil.

— Recentemente o Zé Roberto acabou de anunciar que vai continuar com a seleção B. Os grandes países já entenderam que trabalhar com 12, 14 atletas é um número muito pequeno, só com as atletas olímpicas, e que você precisa ter mais, aumentar o leque de trabalho. Então, eles vão fazer duas seleções para que o número de jogadoras à disposição nas principais competições seja maior. Peças de reposição, ou até mesmo uma jogadora que está muito próxima e não é lembrada e a gente sabe que às vezes em seis meses, um ano essa jogadora está apta. O ciclo olímpico é muito grande, são quatro anos, as Olimpíadas é o principal campeonato dentro do esporte. Então eles querem esse ciclo olímpico com mais atletas trabalhando e à disposição.

Terceiro lugar na Taça Brasil

Em preparação para a Superliga, o Sancor Maringá participou do torneio amistoso em Londrina, enfrentando as donas da casa, Minas e Flamengo. Após derrotas para as cariocas (3×0) e para as mineiras (3×2), o Maringá venceu o Londrina por 3 sets a 0 na última rodada e ficou com o terceiro lugar.

— A estreia contra o Flamengo foi um pouquinho frustrante. A gente vem de um Campeonato Paranaense onde os clubes não colocam tanta resistência. Então a nossa equipe se acomoda um pouco. Então a gente vem sempre tentando tirar as meninas da zona de conforto, mostrando que é uma Superliga. Elas sabem disso, mas a falta de competitividade atrapalha um pouco. E a gente entrou contra o Flamengo devagar. A gente teve a oportunidade de fechar o primeiro set, mas não jogamos como a equipe vinha treinando. E eu vejo isso na falta de ritmo de jogo mesmo. Contra o Minas a equipe já entendeu a velocidade. Estávamos ali com o jogo bem encaminhado, vencendo de 2×1, estávamos vencendo o terceiro set e sofremos as duas lesões da Jaqueline e da Paulina. E aí o time sentiu um pouquinho e acabou tomando a virada. E o Londrina foi muito bem na competição, vencemos elas no terceiro jogo. 

— Só que eu vejo essa competição como extremamente importante para nós. Porque a gente começa a entender como o cenário do vôleibol está, onde nós temos que chegar e o nível de vôleibol que a gente tem que apresentar se a gente quer algo importante dentro da Superliga.

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