Atleta de 16 anos corre em Paris e bate recorde centenário de precocidade no atletismo dos EUA


Por Agência Estado
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Foto: Reprodução/Instagram/@_quincy_wilson

Em algumas provas é normal a participação e o domínio de atletas jovens, até mesmo adolescentes, nos Jogos Olímpicos. A brasileira Rayssa Leal, medalha de bronze no skate street aos 16 anos, era a “veterana” no pódio em Paris-2024. A campeã olímpica e a vice, as japonesas Coco Yoshizawa e Liz Akama, têm 14 e 15 anos, respectivamente.

Há modalidades, porém, que o desenvolvimento físico e mental e o auge técnico para disputar uma Olimpíada demoram um pouco mais. Por isso, chama a atenção Quincy Wilson, de 16 anos, ter a responsabilidade de abrir o revezamento 4x400m dos EUA nas eliminatórias da prova nesta sexta-feira nos Jogos de Paris-2024.

Ele é o mais jovem atleta homem a defender seu país no atletismo na história olímpica, batendo um recorde de 124 anos. De acordo com o historiador olímpico Bill Mallon, o mais jovem americano a competir no atletismo olímpico era Arthur Newton, que foi quarto colocado nos 2500m com obstáculos (prova que não é mais disputada) e quinto na maratona nos Jogos de Paris-1900, aos 17 anos. Com essa mesma idade, James Ronald Ryun disputou os Jogos de Tóquio-1964 e Erriyon Knighton competiu nos Jogos de Tóquio, em 2021.

Quincy Wilson não teve uma bota atuação em sua estreia olímpica. Abriu a disputa com 47s27, bem distante de seu recorde mundial sub-18 (44s59), e entregou o bastão na sétima colocação, o que deixaria os EUA fora da final, que acontece neste sábado, às 10h (de Brasília). Seus companheiros de equipe, porém, buscaram a recuperação e terminaram a bateria na segunda colocação.

Nas seletivas olímpicas dos Estados Unidos, Wilson quebrou o recorde mundial sub-18 duas vezes e se classificou para final dos 400m rasos. Terminou em sexto lugar e mais tarde foi convocado para integrar a delegação dos EUA nos Jogos de Paris-2024.

“Tenho 16 anos, mas corro como um adulto”, afirmou Wilson após a seletiva. Mesmo que não entre na pista na final, como disputou a eliminatória, ele será considerado medalhista olímpico se os EUA, recordistas olímpicos e mundiais, subirem ao pódio. A última vez que os americanos não conquistaram medalha na prova foi em Sydney-2000, quando foram desclassificados na final.

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