Carlo Ancelotti tem pedido de prisão de 5 anos de prisão pelo Ministério Público da Espanha
O Ministério Público espanhol aumentou o tempo de prisão pedido para o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti. O italiano é acusado de fraude fiscal em declaração de impostos. Segundo a investigação da Procuradoria, foi ocultado que treinador utilizou um paraíso fiscal para receber valores por direitos de imagens e não declarou os tributos devido nos anos de 2014 e 2015.
Foi considerado que a suposta fraude fiscal supera o valor de 120 mil euros por ano, o que é considerado crime no país. Segundo o documento apresentado pela Procuradoria à Justiça espanhola, noticiado pelo jornal El Mundo, Ancelotti recebia os valores referentes a direitos de imagem por meio de uma empresa chamada Vapia Limited, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. O país norte- americano é um dos principais paraísos fiscais do mundo.
Inicialmente, o Ministério Público apontou o valor recebido em 1,06 milhão de euros (R$ 5,72 milhões). Desta vez, contudo, a Procuradoria detectou 2,5 milhões de euros (R$ 14,58 milhões) repassados à empresa off shore. Ainda conforme a investigação, os pagamentos foram feitos depois que o técnico assinou contratos de publicidade com marcas como Nike, Nexon Europe ou Cecil Purnell.
A estimativa do Tesouro espanhol é que a não declaração dos rendimentos fez com que a fraude de Ancelotti equivalesse a 386 mil euros (R$ 2,2 milhões) em 2014, e 675 mil euros (R$ 3,9 milhões) em 2015. O pedido de prisão do MP é dividido em dois anos de reclusão pelo primeiro ano e três pelo segundo.
A defesa de Ancelotti já apresentou ao tribunal um documento que aponta o pagamento de fiança pelo treinador e negou as acusações. Foi pedido, ainda, que o pedido de prisão seja revisto, sob argumento de que boa parte da “fraude” já foi paga.
Em 2016, quando jogava no Real Madrid, Cristiano Ronaldo também foi acusado de utilizar uma empresa na Irlanda para pagar menos impostos, já que a carga tributária do país é menor que na Espanha. No mesmo ano, Messi, na época no Barcelona, teve o nome citado no caso do Panama Papers, vazamento de documentos sobre empresas em paraíso fiscais.