Com atletas de Maringá, Seleção Brasileira Master de basquete feminino busca patrocínio


Por Luciana Peña/CBN Maringá

Mais da metade da Seleção Brasileira de basquete feminino Master 60+ é composta por atletas paranaenses, algumas de Maringá. A equipe teve um projeto selecionado pela Lei de Incentivo ao Esporte e está autorizada a captar até R$ 930 mil. Mas está difícil atrair empresas, apesar do potencial para o marketing: mulheres, na terceira idade e ativas.

Foto: Arquivo pessoal

Na juventude, a ala Mirlei Dotto foi colega de quadra da jogadora Hortência, um símbolo nacional do basquetebol. Hoje, Mirlei integra a Seleção Brasileira Master 60+.

“Eu tive o privilégio de jogar na Seleção Brasileira, ao lado da Hortência, disputando o Mundial da Rússia. E foram bons tempos, né? Equipe com grandes jogadoras. Agora, eu estou tendo a oportunidade, novamente, de estar participando da Seleção Brasileira Master”, disse Mirlei Dotto.

A equipe, com atletas de 60 anos ou mais, é um exemplo do envelhecimento saudável. Mulheres que cumpriram uma jornada profissional, criaram os filhos e agora na aposentadoria voltaram para as quadras. E voltaram com tudo. A seleção brasileira de basquetebol master está colecionando títulos desde o ano passado.

“Nós fomos para o campeonato europeu na Itália e ficamos em primeiro lugar das Américas. Nós fomos para o Panamericano na Argentina, também ficamos em primeiro lugar”, enumera a coordenadora da equipe, Ana Maria Wilczek.

Mas está difícil participar de mais competições. A próxima, por exemplo, será na Suíça. Nem todas as atletas conseguem bancar os custos de viagem, hospedagem e alimentação.

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A seleção busca patrocínio e para isso tem um projeto aprovado pela Lei de Incentivo ao Esporte. A equipe pode captar até R$ 930 mil. O projeto prevê captação de recursos para treinamento e participação em três campeonatos: um regional, um brasileiro e um mundial. Para as empresas, além do benefício fiscal, há o potencial de marketing.

“A gente tem um tripé bem legal para oferecer, porque nós somos mulheres, idosas e ainda que praticam esporte. Então, isso permite muita contrapartida para as empresas. E não só contrapartida de marketing visual ou banner, mas a gente também se oferece para ir na empresa captadora fazer oficinas de basquete, fazer um campeonato de basquete, ou seja, mostrar o basquete feminino. É que as pessoas não têm essa visão, elas têm a visão do basquete masculino e não têm a visão do basquete feminino, principalmente com 60 anos. Elas imaginam mulheres tranquilinhas que estão lá jogando e não é. É muito complicado, a gente joga com um nível bem elevado. Então, o governo já apoiou o projeto, porque ele realmente é um projeto robusto e ele passou dentre mais de 3 mil projetos que estavam para ser aprovados”, explicou Wilczek.

Para garantir a participação de toda a equipe nas competições, as jogadoras vendem camisetas e fazem vaquinhas, mas para a Suíça o custo vai ser bem mais alto. A jornalista Valdete da Graça, que se reencontrou com o basquete na terceira idade, diz que será uma pena se não der para viajar.

“A gente vende camisetas, faz vaquinha, a gente pede ajuda nas prefeituras, para a família, dos colegas, e a gente consegue levar o nome do Brasil para o mundo. O que é muito gostoso, porque quando você está lá, o pessoal fala assim ‘o Brasil está sendo representado na categoria 60+’, muito legal, muito divertido e estamos levando o nome do país”, contou Valdete.

Saiba como patrocinar o projeto:

Projeto: Envelhecimento Ativo

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