Com belos gols, todos de fora da área, o Botafogo arrasou o Atlético-MG pelo placar de 3 a 0, neste domingo, no encerramento da 15ª rodada do Brasileirão. A equipe carioca aproveitou a vantagem numérica ao longo da maior parte do jogo para impor seu domínio no Engenhão, no Rio de Janeiro, e confirmar seu bom momento na temporada.
O resultado manteve o Botafogo na briga pela liderança da tabela. O time soma 30 pontos, apenas um atrás do líder Flamengo, que tropeçou na rodada – empatou com o Cuiabá. Já o Atlético acumulou seu terceiro jogo seguido sem vitória. Com 18 pontos, figura na 12ª colocação da tabela.
Mesmo sem ainda contar com seus reforços, anunciados nas últimas semanas, o Botafogo fez uma bela exibição ao longo do primeiro tempo, tanto por seus méritos quanto pelas fragilidades apresentadas pelo irregular Atlético-MG. O jogo rápido e envolvente dos cariocas se encaixou perfeitamente diante de um rival lento e hesitante.
Tanto que o time da casa não demorou para abrir o placar. Aos 12 minutos, Luiz Henrique encontrou espaço de sobra quase na meia lua para dominar a bola e escolher o melhor momento para acertar chute colocado, de fora da área, quase no ângulo: 1 a 0.
O gol confirmou o predomínio da equipe carioca, que terminaria a etapa inicial com seis finalizações, contra apenas uma do visitante. A situação se tornou ainda mais tranquila para a equipe mandante quando Igor Rabello parou Luiz Henrique com falta em jogada clara de gol para o Botafogo. O zagueiro levou o cartão vermelho direto aos 24, complicando ainda mais a situação dos atleticanos.
A expulsão foi a cereja do bolo da atuação do Atlético no primeiro tempo. O time acumulou erros em todos os setores, não se encontrava no meio-campo e não conseguia levar perigo no ataque, liderado por Hulk e Paulinho. Do outro lado, o Botafogo criou chances para matar o jogo nos primeiros 45 minutos, porém falhou na pontaria e no cansaço, nos minutos finais da etapa.
O segundo tempo começou no mesmo ritmo: o Botafogo parecia não ter trabalho para envolver o rival mineiro. Aos 4, Eduardo cobrou falta com perigo e exigiu bela defesa de Matheus Mendes. Júnior Santos, mesmo pecando por insistir em jogadas mais individuais, também levava perigo.
Pelo lado atleticano, Hulk chamou a responsabilidade para tentar desequilibrar a defesa botafoguense. Praticamente jogando sozinho, diante da apatia do meio-campo mineiro, o atacante protagonizava boas jogadas individuais. Aos 26, levou perigo em cobrança de falta, mandando no travessão.
Em termos de chances e questões técnicas, a segunda etapa foi mais interessante que a primeira. As investidas de Hulk deixavam a partida mais aberta, com chances para ambos os lados. Assim como no primeiro tempo, o ataque botafoguense era liderado por Luiz Henrique, muitas vezes mais na base da correria do que da objetividade.
O segundo gol do Botafogo, contudo, veio dos pés de Cuiabano. Aproveitando mais um vacilo geral da defesa atleticana, o lateral aproveitou espaço e finalizou de fora da área, superando o goleiro Matheus Mendes, aos 33 minutos. Pouco antes do apito final, o Botafogo selou a vitória com mais uma finalização certeira de fora da área. Savarino foi o autor do belo gol aos 48 minutos do segundo tempo.
Na próxima rodada, o Botafogo vai visitar o Vitória em Salvador, na quinta-feira. No mesmo dia 11, o Atlético receberá o São Paulo, em busca da reabilitação.
FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 3 X 0 ATLÉTICO-MG
BOTAFOGO – John; Damián Suárez, Alexander Barboza, Bastos e Cuiabano; Marlon Freitas (Savarino), Danilo Barbosa (Tchê Tchê), Eduardo (Gregore); Luiz Henrique (Óscar Romero), Júnior Santos e Tiquinho Soares (Kauê). Técnico: Arthur Jorge.
ATLÉTICO-MG – Matheus Mendes; Bruno Fuchs, Igor Rabello e Battaglia; Otávio, Alan Franco, Paulo Victor (Palacios) e Scarpa; Cadu (Vargas), Paulinho (Vitinho) e Hulk. Técnico: Gabriel Milito.
GOLS – Luiz Henrique, aos 12 minutos do primeiro tempo. Cuiabano, aos 33, e Savarino, aos 48 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Bastos, Tiquinho Soares, Palacios, Leandro Ávila (auxiliar do Atlético-MG).
CARTÃO VERMELHO – Igor Rabelo.
ÁRBITRO – Rafael Rodrigo Klein (RS).
RENDA – R$ 910.175,00.
PÚBLICO – 19.343 pagantes (21.582 no total).
LOCAL – Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ).