Principal competição de atletismo do mundo, a Diamond League anunciou nesta quarta-feira uma elevação nos valores que paga aos atletas. E, na temporada 2025, as cifras vão bater recorde, alcançando um total de US$ 9,2 milhões, cerca de R$ 50,5 milhões. A World Athletics, a federação internacional de atletismo, estima que o valor final para atletas do primeiro nível possa alcançar US$ 18 milhões (quase R$ 100 milhões).
Essa soma incluiria pagamentos extras para atletas de maior destaque, como recordistas e medalhistas olímpicos, como o brasileiro Alison dos Santos, que tem histórico de conquistas também na Diamond League – ele se sagrou campeão da temporada nos 400 metros com barreira no fim de semana passado.
Pela previsão da World Athletics, cada uma das 14 etapas da competição em 2025 vai entregar US$ 500 mil (R$ 2,7 milhões) em premiação. Por modalidade, as premiações serão de US$ 30 mil a US$ 50 mil (R$ 274 mil). A etapa final, em Zurique, em agosto do próximo ano, renderá de US$ 60 mil a US$ 100 mil (R$ 550 mil).
Sem dar maiores detalhes, a World Athletics prometeu ainda “investir em serviços aos atletas, como viagens e transporte, acomodações e serviços de médico e fisioterapia”. No total, a entidade vai pagar os maiores valores da história da Diamond League, que estreou em 2010.
“O novo total é quase um terço maior do que a quantia paga durante o período afetado pela pandemia, entre 2021 e 2024”, afirmou a entidade, em comunicado.
O anúncio acontece na esteira da decisão da World Athletics de oferecer pagamento aos campeões olímpicos na Olimpíada de Paris-2024. Historicamente, premiações em dinheiro são mal vistas pelos órgãos olímpicos. Mas a entidade responsável pelo atletismo mundial desembolsou US$ 50 mil para cada campeão olímpico da modalidade na capital francesa.
A elevação das premiações também têm como contexto a candidatura de Sebastian Coe, presidente da World Athletics, para a presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI). Coe oficializou sua candidatura na semana passada.