Élber admite falta em gol do título do Bayern
Reencontro entre Bayern e Boca revive lance polêmico da final de 2001. Saiba mais detalhes na notícia.
Em Tóquio, no longínquo 2001, o Bayern de Munique levantava seu primeiro título mundial interclubes após vencer o Boca Juniors por 1 a 0. Um jogo tenso, decidido na prorrogação, com gol do ganês Samuel Kuffour. Mas o que parecia apenas um triunfo legítimo ganhou novos contornos nesta semana.
Giovane Élber, atacante brasileiro que vestia a camisa 9 do Bayern naquele dia, fez uma revelação que, para muitos torcedores do Boca, soou como confirmação de uma antiga ferida: o lance do gol teve falta. E foi dele.
“Na hora do escanteio, caímos todos ali na área. Quando o lateral Clemente Rodríguez tentou se levantar, eu segurei a perna dele. Ele não conseguiu se levantar, e o Kuffour aproveitou pra fazer o gol”, contou Élber, agora embaixador do clube alemão, durante uma conversa com o ge direto de Miami.
Gol histórico… e irregular
Sem o auxílio do VAR, que sequer existia na época, o árbitro dinamarquês Kim Milton Nielsen validou o gol. As reclamações argentinas foram ignoradas, e a história seguiu seu curso. Pelo menos até agora.
“Se fosse hoje, com o VAR, aquele gol seria anulado na hora”, admitiu Élber, aos 52 anos.
A confissão reacende o debate: até que ponto o futebol pré-tecnologia guardava injustiças travestidas de glória?
O reencontro: Bayern x Boca nesta sexta
Duas décadas depois, Bayern e Boca voltam a se enfrentar, agora pela fase de grupos do Mundial de Clubes, em Miami. O jogo acontece nesta sexta (20), às 22h, com transmissão ao vivo da TV Globo e do sportv.
O Bayern chega com moral após aplicar uma goleada histórica de 10 a 0 sobre o Auckland City, enquanto o Boca vem de um empate duro contra o Benfica. Se vencer, o time alemão garante a classificação antecipada às oitavas.
Catimba, faltas e jogo duro: a preocupação de Élber
Mesmo otimista, Élber alerta para o que considera a principal arma do Boca: a catimba. Segundo ele, o time argentino sabe como travar o jogo e irritar o adversário.
“Contra o Benfica, foram só 46 minutos de bola rolando. Eles batem, param o jogo toda hora. Na Alemanha, não estamos acostumados com isso”, disse. “Se não tiver um árbitro firme, a gente pode ter problemas.”
Mais de 20 anos depois, o futebol mudou, com tecnologia, VAR e mais câmeras do que jogadores em campo. Mas algumas histórias seguem vivas, como o gol que decidiu um título mundial… E que talvez nunca tivesse existido.
Com informações do Globo Esporte.