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21 de novembro de 2024

Fisioterapeutas maringaenses fizeram parte do hexa brasileiro no futsal


Por Brenda Caramaschi com CBN Maringá Publicado 09/10/2024 às 17h32
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A seleção brasileira conquistou o hexacampeonato e dois fisioterapeutas maringaenses fizeram parte da equipe técnica. / Foto:Leto Ribas/CBF

A seleção brasileira de futsal, após 12 anos, voltou ao topo do mundo na modalidade e os fisioterapeutas maringaenses Kleber Barbão e Thiago Muller fizeram parte da equipe técnica que acompanhou os atletas no mundial disputado no Uzbequistão. Foram sete vitórias com 40 gols marcados e apenas seis sofridos e o trabalho fora das quadras, com a reabilitação dos atletas que se lesionaram, realizado pelos profissionais maringaenses, foi fundamental para a conquista.

Na preparação e durante a competição, cinco atletas se lesionaram e correram o risco de ficar fora de jogos decisivos da competição, incluindo Ferrão e Rafa Santos, autores dos gols da final contra a Argentina, que deram o título ao Brasil. Ferrão, autor do primeiro gol na final contra a Argentina, teve uma lesão muscular na posterior da coxa direita ainda na primeira fase da competição. O outro artilheiro da final, Rafa Santos, machucou o joelho nas quartas de final diante do Marrocos e correu o risco de ficar fora dos jogos decisivos da semifinal e final. “ O Kleber, me salvou. Acho que em qualquer lugar que eu estivesse no mundo, eu não ia conseguir jogar. Mas ele falou que eu iria jogar, que minha lesão não iria aumentar, que meu joelho poderia inchar, ele ia liberar, eu jogaria de novo. Fiz um trabalho forte com ele e deu certo e pude ajudar nessa conquista”, relatou o jogador.

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O jogador Rafa Santos em sessão de fisioterapia para se recuperar de lesão. / Foto: Leto Ribas/CBF

Em entrevista à CBN Maringá, os fisioterapeutas Barbão e Muller falaram sobre o trabalho em equipe na competição, que foi desafiadora. “A sensação é de dever cumprido. Nos foi dada uma missão e ela foi cumprida e coroada com o título”, disse Kleber Barbão. “A sensação é muito boa. Estou muito feliz com a conquista”, complementou Thiago Muller. Os dois frisaram que o trabalho é feito em conjunto, tanto para prevenir lesões quanto para recuperar os atletas lesionados e colocá-los em quadra novamente para as partidas decisivas. 

O atual melhor jogador do mundo, Pito, teve uma lesão muscular no treino antes do confronto com a Costa Rica, pelas oitavas de final, e a chance de ficar de fora da reta final era grande. Barbão contou que a recuperação do atleta foi um dos maiores desafios na competição. “A gente tinha dez dias para uma possível final. Pensando do ponto de vista técnico, não teríamos tempo para reabilitá-lo. Porém, conversando com o atleta, ele demonstrou muita vontade de estar presente. Graças a Deus deu tudo certo, o Pito conseguiu participar da final, contribuir, jogou bons minutos e somou ao processo que foi feito”. 

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Pito, atual melhor jogador do mundo de futsal, conseguiu jogar a final graças ao trabalho de recuperação coordenado pelos maringaenses./ Leto Ribas/CBF

“Com toda a certeza o trabalho realizado com os fisioterapeutas Kleber e Thiago fizeram meu sonho tornar realidade de jogar uma final de mundial. Era uma lesão delicada para o pouco tempo que tínhamos e em nenhum momento eles baixaram a cabeça”, relatou Pito, grato pelo trabalho. 

Essa foi a primeira vez que a seleção brasileira de futsal teve dois profissionais da fisioterapia em sua comissão técnica e a primeira convocação de Muller pelo Brasil. “Comecei com o pé direito dentro da Seleção”, comemora. Barbão, que já esteve em três mundiais de futsal com a Seleção, e Thiago Muller trabalham juntos em Maringá e possuem vasta experiência no esporte e na modalidade. Muller disse que a visibilidade do trabalho de fisioterapia vem crescendo dentro de todas as modalidades esportivas. 

“Os jogadores são protagonistas e ninguém quer tirar isso deles. Eles são os astros. Mas acredito que as situações que aconteceram no Mundial, nas Olimpíadas, que acontecem no dia a dia, vêm mostrando um pouquinho dos bastidores, o que fica atrás da cortina do teatro. Quando a bola entra ou não entra no gol, não é por acaso. E com certeza esse trabalho extra quatro linhas faz a diferença no resultado final”, conclui Kleber Barbão.

Ouça a entrevista na íntegra.

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