23 de março de 2025

Castilho comemora terceira final em quatro anos, mas prega cautela: ‘Ainda tem dois jogos’


Por Felippe Gabriel Publicado 20/03/2025 às 18h06
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O Maringá FC se classificou para a final do Campeonato Paranaense, ao vencer o Athletico por 3 a 0, nesta quarta-feira, 19, na Ligga Arena, em Curitiba. Com o empate no jogo de ida por 1 a 1, no Estádio Willie Davids, o placar agragado de 4 a 1 levou o Dogão à sua quarta final estadual na história. A duelo será contra o Operário, que eliminou o Londrina nos pênaltis e voltou a decidir o torneio após 10 anos.

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Das quatro finais do Tricolor, três foram nos últimos quatro anos, todas sob o comando do técnico Jorge Castilho. Depois da primeira final em 2014, vencida pelo Londrina, o clube esteve presente na decisão de 2022 e 2024, perdendo para Coritiba e Athletico, respectivamente. Mesmo com os resultados negativos, Castilho se vê satisfeito por ser responsável por esse feitos.

— Feliz, feliz porque não é fácil. Primeiro ficar tanto tempo no clube como eu estou, chegar em três finais. É uma coisa fora da curva, que todo treinador sonha, todo treinador espera. Só que eu agradeço muito a minha diretoria, nosso presidente, que sustenta a permanência minha e da minha comissão técnica, para dar continuidade no trabalho, porque eles também acreditam muito que a continuidade faz dar resultado, e nós estamos mostrando
esses resultados nos últimos quatro anos. Eu acho que passa por esse processo também, e nós acreditarmos naquilo que a gente faz, ter as nossas convicções, não se deixar levar pelas críticas quando as coisas não dão certo, manter aquilo que a gente tem feito, e trabalhar muito, com muita humildade, com os pés no chão, e o resultado ele vem. Foi o que aconteceu hoje — disse Castilho em estrevista coletiva após a partida.

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Foto: Fernando Teramatsu/MFC

A vitória significou o fim do tabu de 10 anos sem vitória do Maringá FC sobre o Athletico. Além da classificação, o triunfo sobre o rival histórico gerou a euforia do torcedor, mas Castilho reforça que ainda têm dois jogos pela frente.

— Nós conseguimos, de uma forma muito objetiva, blindar tudo isso dos nossos jogadores, a euforia da torcida, da imprensa. Quando está num momento ruim a diretoria também blinda bastante, então isso ajuda. Vamos continuar passando confiança para os nossos atletas, entendemos que chegamos na final, mas ainda tem dois jogos. Não tem clima de já ganhou, é uma coisa que eu nem gosto. No gol do Moraes eu briguei com ele porque ele foi lá (perto da torcida adversária), ele não tinha que ter ido lá, ele tinha que ter comemorado conosco. Porque aqui nós trabalhamos muito sério e a gente não tem em momento algum clima de já ganhou, nós sempre vivemos o próximo jogo, e nós temos o objetivo de ganhar o próximo jogo. Essa é a nossa meta, não ganhar de véspera, e sim dentro do campo — reforçou o treinador.

Nesta temporada, além de alcançar a final do estadual, o Dogão vai jogar a Série C do Campeonato Brasileiro e já se classificou para a terceira fase da Copa do Brasil. No entanto, as campanhas nos últimos anos ainda não foram premiadas com um título, apesar dos ótimos desempenhos.

— Os números mostram aquilo que a gente tem vivido nesses anos. É uma felicidade tremenda estar com esses números, num clube que acreditou no nosso potencial, no meu potencial. É buscar mais. O título falta, a gente precisa desse título, só que são dois jogos muito difíceis contra o Operário. Então nós vamos continuar da mesma forma, trabalhando quietinho, falando pouco, trabalhando mais, para que, se for da vontade de Deus, a
gente possa ser coroado com o título no Paranaense, que o torcedor espera, que nós precisamos e que a diretoria também espera — reconheceu Castilho.

— O torcedor pode esperar tudo isso que foi feito até agora, muita entrega. Nesses dois jogos da final será uma entrega dobrada, porque eles merecem, porque eles nos apoiam, eles estão no estádio, lotando o Willie Davids, então acho que chegou a hora de dar o presente para o torcedor e o presente para nós — disse o técnico ao agradecer o apoio da torcida tricolor.

Castilho também comentou as ausências de peças importantes para o primeiro jogo da final. Rodrigo recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Athletico e está suspenso para a partida deste sábado, 22, contra o Operário, assim como Ronald, que foi expulso no fim do segundo tempo. A zaga também pode ter outra baixa, já que Max Miller foi substituído nos minutos iniciais com uma lesão no braço, e pode ser desfalque. Nas comemorações após a classificação, o atleta foi visto com o braço esquerdo imobilizado. O zagueiro realizou exames nesta quinta-feira e terá o quadro atualizado em breve.

— Toda ausência nos preocupa, toda ausência é sentida pelo grupo, porque são atletas que são importantes, fazem parte da nossa espinha dorsal, são líderes técnicos. O Ronald é o nosso capitão, o Max Miller vai jogar sem o braço, já falei para ele. Agora é procurar, no pouco tempo que nós temos, ajustar, escolher os que serão substitutos para que a gente possa fazer um grande jogo no sábado — finalizou o treinador do Maringá FC.

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