Jorge Castilho elogia atacantes e explica alterações no time titular contra o Guarani: ‘Ronald não é mais zagueiro’
O Maringá FC estreou na Série C do Campeonato Brasileiro com vitória sobre o Guarani, por 3 a 2, neste domingo, 13, no Esádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas. Mesmo saindo atrás no placar, o técnico Jorge Castilho acredita que o time não se abateu e enxergou o Dogão melhor na partida como um todo.
“Controlamos muito o primeiro tempo, principalmente logo depois do gol. Nosso time não se abateu, continuou jogando, tivemos um volume maior. No segundo tempo, o Guarani voltou um pouco melhor. E depois a gente conseguiu controlar e virar o jogo”, disse o treinador.

O Guarani abriu o placar nos minutos iniciais da partida, mas o Maringá FC virou ainda no primeiro tempo. Na etapa final, o Bugre empatou de pênalti, mas viu o Dogão sacramentar a vitória já nos acréscimos, com um gol contra de Matheus Sarará. Minutos antes, Bruno Cheron havia sido expulso e deixado o Maringá FC com um jogador a menos.
Para Castilho, o segredo para a vitória foi na eficiência da marcação, além dos brilhos individuais dosatacantes, em especial Maranhão e Léo Ceará. O camisa 99 deu uma assistência de calcanhar para o primeiro gol de Negueba e anotou o segundo gol tricolor. Já o meia foi a principal arma criativa do time e participou da construção do terceiro gol.
“Acho que foi um jogo muito bem estudado, tanto da nossa parte quanto do Guarani. O Guarani quis igualar o jogo conosco, abrindo os extremos deles, abrindo a nossa defesa para tentar fazer uma infiltração. E nós fomos muito cirúrgicos. Nós fomos muito precisos na marcação. A transição nossa é muito rápida. O Maranhão hoje estava em uma tarde inspirada. O Léo Ceará também em uma tarde inspirada. Então isso contribui muito para que a gente possa, passo a passo, entregar aquilo que a gente quer do nosso modelo de jogo”, avaliou Castilho.
Assim como o técnico do Guarani, Maurício Souza, que reclamou de um impedimento de Maranhão na jogada do segundo gol maringaense, Castilho também não saiu satisfeito com a arbitragem. A principal reclamação foi por conta do pênalti dado para o Bugre, por falta dentro da área de Ronald em Pablo.
“O segundo gol, tenho minhas dúvidas. Não acredito que foi pênalti. Mas já falei anteriormente sobre a arbitragem, não vou falar de novo”, reclamou.
O treinador promoveu algumas alterações na escalação titular do Maringá FC, em realção ao time que jogou a final do Paranaense com o Operário. O goleiro Dheimison nem viajou para Campinas e deu lugar a Rafael William. O jovem arqueiro teve oportunidades no estadual, mas saiu de cena após não poder enfrentar o Coritiba nas quartas de final, por estar emprestado pelo Coxa ao Dogão.
“O Rafael é opção. Nós decidimos colocar o Rafael para jogar. Até porque ele vinha jogando antes no Paranaense, [não jogou mais] por conta do jogo contra o Coritiba. E aí a gente esperava dar mais uma oportunidade para ele. Foi dada hoje. E é como eu falei antes. Tanto o Rafael quanto o Dheimison e o João Gabriel, na minha concepção, estão aptos a jogar. Aí a tomada de decisão é nossa”, explicou Castilho.
Outra mudança foia volta de Vilar ao time. A última partida do zagueiro como titular havia sido contra o Andraus, no dia 26 de janeiro, na primeira fase do Paranaense. Depois, Vilar ainda entrou nos dois jogos da final. O tempo de afastamento serviu para o atletas recuperar o condicionamento físico.
“O Vilar é um jogador que já adquiriu boa parte da condição física dele. Que foi uma coisa que atrapalhou ele no estadual. E como já está entrando no ritmo, ele precisa jogar agora para ter o ritmo de jogo. E pela característica do adversário, nós entramos com o Vilar”.
Por fim, a grande alteração de Jorge Castilho nos 11 iniciais foi a escalação de Ronald no meio-campo. O zagueiro atuou como volante, suprindo a ausência de Rodrigo, negociado com o Fortaleza. Segundo Castilho, essa será a nova posição do jogador, pelo menos, neste início de campeonato. No estadual, Ronald atuou em quatro partidas como volante.
“O Ronald com a saída do Rodrigo passa a ser volante, não passa a ser zagueiro. É uma necessidade. Então ele passa a ser promovido a volante, que é uma posição que ele já tinha jogado no Corinthians, é uma posição que ele já vinha pedindo para a gente para que ele pudesse jogar. Então o Ronald hoje não é mais zagueiro. No primeiro momento, sim, volante. Uma necessidade, ele retorna para a zaga”, concluiu o comandante.